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Prejuízos para pecuaristas podem chegar a R$ 12 mi

O fechamento do frigorífico Campo Oeste em Campo Grande deve somar prejuízos de R$ 8 a 12 milhões para os produtores rurais. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Ademar Silva Junior, comenta que é difícil calcular ainda o valor real do débito. "Os nomes que constam na certidão da junta comercial do frigorífico simplesmente não foram encontrados, e é um terceiro que era responsável pela operação da Unidade", comenta o presidente.

O fechamento do frigorífico Campo Oeste em Campo Grande deve somar prejuízos de R$ 8 a 12 milhões para os produtores rurais. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul), Ademar Silva Junior, comenta que é difícil calcular ainda o valor real do débito. “Os nomes que constam na certidão da junta comercial do frigorífico simplesmente não foram encontrados, e é um terceiro que era responsável pela operação da Unidade”, comenta o presidente.

Ademar defendeu uma regulação tributária destes frigoríficos e explicou que com o crescimento do mercado de carnes no país, os estabelecimentos de pequeno e médio porte começaram a abastecer o mercado interno e passaram a concorrer com grandes frigoríficos pela aquisição do rebanho. “Os estabelecimentos de pequeno porte não tem as mesmas condições dos grandes”, comentou o presidente.

A Famasul deve orientar juridicamente os produtores rurais que foram lesados pelo estabelecimento. “Estamos estudando formas para minimizar os prejuízos”, comentou o presidente da entidade. Silva Junior frisou ainda a importância dos produtores rurais venderem gado a vista, principalmente para estabelecimentos que não tem informações mais concretas de sua atividade.

O presidente da entidade fez um “alerta” para o pecuarista. “Hoje, o produtor rural não pode estar desinformado sobre seus negócios. Ele precisa e é muito mais simples ter informações sobre esses estabelecimentos comerciais”, apontou.

Hoje, a partir das 14 horas, a entidade se reúne com produtores que foram prejudicados com o fechamento dos frigoríficos.

As informações são do site MS Notícias, adaptadas e resumidas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Maria Lúcia de Barros Mendes Kassar disse:

    E agora! Como ficam os pecuaristas que venderam gado para o Frigorífico Campo Oeste, em Campo Grande/MS?

    Depois de anos funcionando no mesmo local, fecharam as portas da noite para o dia, em 03/09/2008, sem pagar ninguém, e pior, aí é que ficamos sabendo que eles atuavam por intermédio de “laranjas”, e que há suposto envolvimento de renomados bancos, pois não comunicaram ao SERASA mais de 45 cheques sustados indevidamente e sem fundos.

    No meu caso, fui das últimas a vender a eles, levaram minhas vaquinhas gordas, vendidas à vista, com a promessa de que me pagariam no dia seguinte após o abate e fecharam as portas do Frigorífico sem nada pagar. Venda esta que fiz para saldar despesas urgentes da fazenda, nem promissória, nem cheque consegui obter, quando muito consegui a nota fiscal e o romaneio que não reflete o peso real das vacas gordas que levaram.

    Precisamos de apoio governamental, para proteger a nossa pecuária de contraventores como esses que atuam livremente no mercado, prontos para dar golpes e fugir sem deixar rastro. Necessitamos de uma legislação eficaz para coibir esses estelionatários de voltarem a cena com outra roupagem e praticar novos golpes. Uma empresa desse porte constituída sem bens?

    O governo e entidades fiscalizadoras da classe precisam impedir que esses falsários continuem atuando e lesando os pecuaristas.

    Acho que podemos e precisamos confiar que as nossas entidades de classe, como CNA, FAMASUL, Sindicatos rurais, bem como os órgãos de fiscalização governamentais, federais, estaduais e municipais tudo farão para solucionar esse gravíssimo problema que estamos passando, certos de que desta vez poderemos contar com medidas eficazes
    para nos ressarcir dos prejuízos causados pelo Frigorífico Campo Oeste; como apuração e proposição de todas as medidas judiciais que sejam necessárias para resgatar o numerário desviado pelos golpistas, estelionatários, inclusive com pagamento de perdas e danos que causaram aos pecuaristas.

    Após este caso, que não é o primeiro no Estado, as entidades da classe, bem como governamentais, às quais contribuímos com pagamento de impostos, taxas e anuidades, certamente irão sair em defesa dos pecuaristas, levantando a situação de todos os frigoríficos do Estado, analisando seus contratos sociais, se seus sócios-proprietários existem mesmo ou se são “laranjas”, situação financeira, se possuem bens suficientes em garantia, impedindo que se constituam e operem empresas de forma irregular como no caso do Campo Oeste, que funcionou mais de cinco anos no local.

    São providências básicas que os produtores da pecuária esperam, para que sintam um mínimo de segurança ao concretizar um negócio e não serem surpreendidos com notícias, quando ocorre um desfalque como este, de que os verdadeiros sócios simplesmente não constam no contrato social do frigorífico, registrado na Junta Comercial, e que não existem bens em nome de nenhum dos sócios.

    Como Bancos concediam crédito à “laranjas”?

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