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Preços do boi continuam trajetória de queda

Os preços declinaram continuamente e chegaram a R$54,91/@ em 22 de novembro, desvalorização de 13,04% (37 dias corridos). Nota-se que a queda dos preços foi mais acentuada que a elevação, o que revelou a existência de risco de preço na cadeia da carne bovina.

O Indicador de Preços do Boi Gordo Esalq/BM&F teve comportamento de alta no período de 22 de agosto a 16 de outubro de 2006, quando passou de R$55,65/@ para R$63,15/@, valorização de 13,47% (55 dias corridos). No entanto, ocorreu inversão no mercado físico. Os preços declinaram continuamente e chegaram a R$54,91/@ em 22 de novembro, desvalorização de 13,04% (37 dias corridos). Nota-se que a queda dos preços foi mais acentuada que a elevação, o que revelou a existência de risco de preço na cadeia da carne bovina.

Gráfico 1 – Primeiro vencimento BM&F e indicador Esalq/BM&F a vista


Acompanhando o mesmo movimento do boi gordo, o Indicador de Preço Disponível do Bezerro Esalq/BM&F, com formação de preços no Mato Grosso do Sul, fechou em R$368,21/cabeça a vista, declínio de 0,6%.

Gráfico 2 – Indicador bezerro Esalq/BM&F a vista


Apesar da depreciação dos preços, não se observa oferta consistente de animais no mercado. O volume disponível em confinamento reduziu nos estados de São Paulo e Minas Gerais e pode ocasionar a entrada antecipada dos animais de pasto, o que já se verifica no Mato Grosso. De acordo com consultorias, há a possibilidade de faltar animais no período de safra. Porém, alguns analistas acreditam que esse fato não surtirá efeito de reversão dos preços, pois o consumo interno não tem reagido. Os frigoríficos estão com escalas entre cinco e oito dias

No mês de outubro, o resultado das exportações de carne bovina foi positivo: 218,1 mil toneladas exportadas, gerando receita cambial de US$398,6 milhões. No ano, já foram 1.944,3 mil toneladas, ante 1.812,8 mil toneladas de 2005 no mesmo período, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Esse aumento de 7,2% é decorrente da maior aceitação da carne brasileira, que vem reconquistando o espaço perdido pelos embargos internacionais, em função da febre aftosa, no Mato Grosso e no Paraná, no 2º semestre de 2005, e pela demanda mundial aquecida.

Com 13 vencimentos sendo negociados, o mercado futuro de boi gordo na BM&F, em 21 de novembro, fechou a R$52,82/@ para novembro/06; R$51,85/@ para dezembro/ 06; R$51@ para janeiro/07; R$51/@ para fevereiro/07; R$50,76 para março/07; R$50,80/@ para abril/07; R$50,30@ para maio/07; R$52,07/@ para junho/07; R$54,35 para julho/07; R$55,75 para agosto/ 07; R$57,20/@ para setembro/07; R$59,09/@ para outubro/07; e R$59/@ para novembro/07. Por sua vez, o futuro de bezerro encerrou a R$375,16/cabeças para fevereiro/ 07; R$378,39/cabeças para março/ 07; R$399/cabeças para abril/07; e R$399/cabeças para maio/07.

Gráfico 3 – Vencimento dezembro 2006 na BM&F


Em outubro, o futuro de boi gordo negociou 77.917 contratos, contra 39.352 contratos do mesmo mês de 2005; e 43.191 contratos em setembro de 2006. Em novembro até o dia 22, inclusive, foram 29.716 contratos, média diária de 45 mil cabeças.

Fonte: BM&F

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