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Preços de combustíveis precisam de transparência, diz diretor da ANP

Os preços do óleo diesel praticados atualmente pela Petrobras estão mais próximos das referências internacionais do que estavam em 2016. “Hoje [o preço] não está distorcido”, disse ao Valor Décio Oddone, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Mesmo assim, Oddone lidera uma cruzada por maior transparência nos preços dos derivados (diesel e gasolina) divulgados pela estatal e por outros agentes da indústria de petróleo e gás.

A discussão sobre transparência, diz ele, se acelerou depois da greve de caminhoneiros, em maio do ano passado. Oddone, que trabalhou por 30 anos na Petrobras e foi responsável pelos negócios da petroleira na América Latina, considera, porém, que a forma como a estatal divulga os preços da gasolina e do diesel não é a mais apropriada. “É no mínimo incompleta”, afirmou.

Para ele, o modelo concentrador da indústria de petróleo nacional, nas mãos da Petrobras, criou um longo período de desalinhamento nos preços ao longo dos últimos 20 anos. Oddone considera ainda que a única maneira de reduzir preço de combustível de forma estrutural no Brasil é seguir a paridade de importação.

Ele afirma, no entanto, que a atual discussão sobre reajuste do diesel evidencia apenas uma parte do problema, pois a commodity representa cerca de 50% do preço. A parcela restante corresponde a outras variáveis importantes, como as margens da distribuição e da revenda e os impostos. Nesse contexto, ele é favorável a uma maior competição no segmento de distribuição.

Fonte: Valor Econômico.

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