Os frigoríficos têm o ritmo de abate na tentativa de enxugar o mercado de carne, que continua com a demanda muito fraca.
Para Lygia Pimentel, consultora da Agrifatto, a melhora do preço da carne nas últimas semanas é reflexo desse movimento dos frigoríficos em reduzir a oferta. “Essa reação é por conta de um ajuste produtivo e não necessariamente por um aumento no consumo, e isso fica ainda mais claro quando percebemos que não estamos no começo de mês”, explica.
Outro fator que pode ajudar a sustentar o preço da carne é a reação das exportações que melhoraram na última semana. Mas ainda assim, 80% da produção é destinada ao consumo interno. Por isso mesmo, com o ajuste do preço da carne, a matéria-prima ainda está elevada, reduzindo a margem da indústria.
“Até onde os frigoríficos conseguem aguentar isso a gente não sabe, se as exportações começarem a reagir agora pode ser que dê um bom alívio, e é com isso que o mercado conta. Mas precisamos lembrar que estamos em safra, e a partir do momento que o clima começar a secar a gente deve observar um pouco de animais entrando na linha de abate”.
Contudo, o retorno de animais no mercado não deve acontecer em grande volume, mas a arroba do boi pode sofrer leves quedas, pois a sensibilidade das cotações quanto à oferta é muito grande.
Fonte: Notícias Agrícolas, adaptada pela Equipe BeefPoint.