Os preços recordes da carne bovina nos Estados Unidos deverão ficar ainda maiores nesse verão, enquanto as importações de carne da Austrália e da Nova Zelândia caem devido à seca que esses países estão passando e ao aumento na demanda americana por carne.
Os dois países da Oceania estiveram entre os três principais exportadores de carne bovina aos Estados Unidos no ano passado, à medida que os países enviaram mais bovinos de corte e de leite para o abate por causa da seca. Porém, à medida que as pastagens se recuperam nessa região, as exportações em 2015 deverão cair em 5% e possivelmente mais, de acordo com algumas previsões.
O abate de vacas leiteiras deve terminar no começo de julho e então “deverá ocorrer uma redução forte na oferta de carne bovina da Nova Zelândia”, disse o economista rural do ANZ Bank, Con Williams.
O abate de bovinos na Austrália deverá diminuir no final de junho, com as exportações devendo ser afetadas em julho e agosto, disse o gerente regional para a América do Norte do Meat and Livestock Australia (MLA), David Pietsch.
Ao mesmo tempo, o rebanho dos Estados Unidos está quase eu seu menor nível em 63 anos, em 89,8 milhões de cabeças. Como demora aproximadamente dois anos para que o bezerro alcance a maturidade, a primeira recuperação tangível no rebanho não deverá ocorrer até 2016.
Para 2015, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) previu que a produção de carne bovina cairá em 0,2% com relação a 2014 e os analistas de mercado preveem aumento de 0,2% em 2016.
As exportações dos EUA vêm sendo prejudicadas pelo dólar forte, mantendo mais ofertas no mercado doméstico, enquanto a produção de carne suína oferece uma alternativa mais barata à carne bovina.
Fonte: Drovers e Reuters, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.