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Preço do milho deverá manter-se elevado

O milho brasileiro não deve registrar neste ano o alto prêmio pago no segundo semestre do ano passado, quando o ágio chegou à US$ 65 por tonelada em relação ao milho norte-americano, mas as cotações mais elevadas "podem compensar esta perda".

O milho brasileiro não deve registrar neste ano o alto prêmio pago no segundo semestre do ano passado, quando o ágio chegou à US$ 65 por tonelada em relação ao milho norte-americano, mas as cotações mais elevadas “podem compensar esta perda”.

“O prêmio pode não ser da mesma magnitude”, reconheceu Carlos Cogo, diretor da Cogo Consultoria Agroeconômica. Segundo ele, no segundo semestre do ano passado, a Europa veio atrás do milho brasileiro porque havia escassez de trigo para ração, e o grão estava com preço elevado. Agora, com uma safra maior, a tendência é de redução nos preços, mas, por outro lado, o milho terá preços mais elevados em Chicago, que compensariam a diferença. Em relação ao mesmo período do ano passado, o preço médio praticado na exportação está 47% mais alto.

O que mudou agora é que a Europa liberou a importação de alguns produtos transgênicos e está comprando mais da Argentina. Estima-se que os europeus já tenham embarcado 4 milhões de toneladas do país vizinho e que, ao mesmo tempo, a Argentina esteja chegando ao limite de exportações sem taxação do governo: 10 milhões de toneladas.

Mas Cogo lembrou que a preferência pelo milho convencional depende do país. Segundo ele, a França prefere este produto, enquanto a Holanda adquire ambos. “Por isso, a venda da Argentina não deve interferir”, acredita.

Para Leonardo Sologuren, sócio-diretor da Céleres, independente da questão da transgenia, a Europa vai precisar importar milho, pois tem crescido a área de canola para biodiesel na região, e os três fornecedores mundiais são os Estados Unidos, a Argentina e o Brasil.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Odacir Klein, acredita que, mesmo com a flexibilização da Europa em relação à transgenia, o prêmio obtido pelo país no ano passado foi mais em função disso que de oferta do cereal. E, apesar de os europeus estarem comprando massivamente dos argentinos, ele não acredita que as vendas externas caiam. “O que pode ocorrer é oscilação geográfica”, acredita.

As informações são de Neila Baldi, do jornal Gazeta Mercantil.

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