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Preço do boi gordo tem série mais longa de quedas semanais em 2 anos

Os preços do boi gordo no mercado brasileiro tiveram a quinta semana consecutiva de perdas, algo que não ocorria desde maio de 2013, com as cotações pressionadas pela menor demanda do mercado consumidor de carne e por um ligeiro aumento sazonal da oferta.

O indicador Esalq/BM&FBovespa, fechou a R$ 146,48/arroba na sexta-feira, queda de 0,45% na semana e recuo de 2,8% desde 20 de abril, quando atingiu o recorde de R$ 150,65 por arroba.

Antes das cinco semanas de queda, o indicador acumulava uma sequência de sete semanas de alta, ao final da qual atingiu a máxima histórica em meados do mês passado.

“A gente está sentindo efeitos da redução de renda do consumidor. O mercado (de carne no) atacado vem registrando baixas há algumas semanas”, explicou o diretor da consultoria Informa Economics FNP, José Vicente Ferraz.

Segundo ele, o preço da carne de frango tem caído de maneira acentuada, o que leva muitos consumidores a mudar em parte os hábitos de consumo, preferindo a proteína mais barata.

Tradicionalmente, o mês de maio também é de baixa nos preços do boi gordo no centro-sul do país, com pecuaristas realizando vendas aos frigoríficos devido à deterioração dos pastos provocada pelo fim da temporada de chuvas de verão. Esse é um dos fatores que ajudaram a pressionar as cotações nas últimas semanas, mas especialistas destacam que as vendas estão bem mais restritas este ano do que nos anteriores, limitando a queda de preços.

De maneira geral, o mercado brasileiro vive um aperto quase sem precedentes na oferta de boi gordo, com uma baixa produção de animais de reposição, o que limita a oferta.

O valor da arroba, apesar do recuo recente, está somente cerca de R$ 4 abaixo do recorde de abril.

Para os próximos meses, habitualmente de entressafra, há uma tendência de alta apenas moderada dos preços do boi gordo, estimou a Informa FNP, após a máxima histórica do mês passado. “Em algum momento no futuro não muito distante, esse gado (retido momentaneamente no pasto) vai ter que ser oferecido no mercado”, disse Ferraz.

O especialista projetou a alta nos próximos meses na faixa entre 3 a 5 por cento, ante elevações de 20 a 25 por cento em entressafras normais.

Fonte: Reuters, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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