Mercados Futuros – 02/09/08
2 de setembro de 2008
Amazônia Legal: títulos em até 15 módulos
4 de setembro de 2008

Porque utilizar protocolos de sincronização na reprodução animal?

Visando facilitar o manejo reprodutivo e eliminar problemas da detecção do estro foram desenvolvidos protocolos que controlam precisamente o ciclo estral, manipulando tanto as ondas de crescimento folicular como a duração do corpo lúteo. (...) Esta dica é um trecho do quarto módulo do curso Gestão da Reprodução em rebanho de corte - foco em resultados, que tem inicio no dia 18 de setembro, e é instruído pelo Prof. Dr. José Luiz Moraes Vasconcelos, e pelo médico veterinário Ocilon Gomes de Sá Filho.

Visando facilitar o manejo reprodutivo e eliminar problemas da detecção do estro foram desenvolvidos protocolos que controlam precisamente o ciclo estral, manipulando tanto as ondas de crescimento folicular como a duração do corpo lúteo. A sincronização da ovulação possibilita a IA em horário pré-determinado, sem a necessidade da detecção do estro, em vacas ciclando e em anestro. Esses protocolos aumentam a taxa de prenhez, por aumentar o número de animais inseminados.

Três etapas são necessárias para realização de um protocolo de sincronização da ovulação. Primeiro é necessário a sincronização da onda folicular, visando que os folículos estejam com diâmetros adequados ao momento da inseminação. Farmacologicamente, essa etapa pode ser realizada através da aplicação de indutores da ovulação (GnRH, LH ou hCG), ou através de tratamento associando estradiol e progesterona. No primeiro caso, se a vaca apresentar um folículo com capacidade ovulatória no momento do tratamento, ocorrerá ovulação com subseqüente início de onda folicular.

O sucesso desse método, portanto, é dependente da presença de folículo dominante no inicio do tratamento. No segundo caso, ocorre atresia folicular e subseqüente recrutamento, independente do estágio em que a onda folicular se encontra, apresentando menor variabilidade de resposta. Por esse motivo, os protocolos que utilizam estradiol associado à progesterona têm sido mais amplamente utilizados no Brasil. A segunda etapa de um protocolo de sincronização da ovulação consiste em reduzir as concentrações circulantes de progesterona, para dar início à fase de proestro. Essa etapa é realizada através da aplicação de agentes luteolíticos, como por exemplo os análogos da PGF2α.

Finalmente, a terceira etapa consiste na indução da ovulação. Essa etapa é importante para garantir que as ovulações nos diferentes animais ocorram em menor espaço de tempo possível. Dessa forma, pode-se realizar a inseminação sem necessidade de detecção de estro. Os agentes farmacológicos que podem ser empregados nessa etapa são GnRH, LH, hCG e ésteres de estradiol (benzoato de estradiol, cipionato de estradiol e estradiol-17β), sendo os últimos mais utilizados no Brasil por apresentarem relação custo/benefício favorável.

Por que utilizar ?

A sincronização da ovulação é uma técnica que permite a inseminação artificial, em horário pré-determinado, sem a necessidade da detecção do estro em vacas em anestro ou ciclando.

Entre as inúmeras vantagens de se usar protocolos de sincronização podemos citar:

Vantagens no Manejo (Curto Prazo):

* Concentrar o trabalho em dias pré-determinados
* Retorno sincronizado do estro (18-23 dias após a IATF)
* Redução das vezes que o rebanho é trabalhado
* Redução da mão-de-obra diária com observação de estro
* Diminui estresse
* Mantém Condição Corporal
* Facilita manejo de pastagem
* Possibilita diagnóstico precoce da gestação (Ultra-som)
* Permite tomar decisão durante a Estação de Monta:
* Vacas gestantes: separar os animais para minimizar o manejo
* Vacas vazias: ressincronizar, visando novo pico de prenhez, aumentando o número de vacas gestantes por inseminação

Vantagens na Estação de Monta (Médio Prazo):

* Diminuir a duração da EM
* Concentra a estação de parição
* Aumentar o número de bezerros produzidos por IA
* Produzir progênie mais pesada, mais velha e mais uniforme
* Reduzir o número de touros na propriedade

Vantagens para o rebanho (Longo Prazo):

* Aumenta a longevidade da fêmea no rebanho
* Fêmeas que emprenham no início da EM, possuem maiores chances de emprenhar na estação subseqüente
* Bezerras nascidas no início da estação de parição possuem maiores chances de permanecer no rebanho
* Melhoramento genético

Esta dica é um trecho do quarto módulo, e de um dos textos complementares, do curso online de Gestão da Reprodução em rebanho de corte – foco em resultados, que tem inicio no dia 18 de setembro, e é instruído pelo médico veterinário, professor e pesquisador da Unesp – Universidade Estadual Paulista, campus de Botucatu e produtor de leite Prof. Dr. José Luiz Moraes Vasconcelos, e pelo médico veterinário e doutorando em produção animal pela Universidade Estadual Paulista, Ocilon Gomes de Sá Filho.

Se você se interessou em aplicar protocolos de sincronização em sua propriedade, e quer aprender tudo sobre sistemas eficientes de gestão da reprodução em rebanho de corte, participe do curso online da AgriPoint “Gestão da Reprodução em rebanho de corte – foco em resultados”.

Conheça em detalhes a programação completa deste curso e inscreva-se!

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress