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Planejamento forrageiro: 2 – Projeção do rebanho

A projeção do rebanho que será alimentado na propriedade nas diferentes estações do ano (verão e inverno, principalmente) é o ponto-chave para um bom planejamento forrageiro. Para isso, é necessário conhecer a estrutura inicial do rebanho e os índices zootécnicos.

A projeção do rebanho que será alimentado na propriedade nas diferentes estações do ano (verão e inverno, principalmente) é o ponto-chave para um bom planejamento forrageiro. Para isso, é necessário conhecer a estrutura inicial do rebanho e os índices zootécnicos.

A estrutura inicial do rebanho é determinada a partir da contagem do número de animais em cada categoria animal. A estrutura do rebanho pode ser descrita de forma mais ou menos detalhada, a depender do grau de precisão que se quer ter no planejamento.

No caso de propriedades de produção leiteira, deve-se dividir o rebanho em, no mínimo: touro, vaca seca, vaca em lactação, novilhas e bezerras. Esta estrutura pode ser detalhada subdividindo-se as vacas em lactação de acordo com o estádio de lactação e as novilhas em lotes de acordo com o peso ou a idade do animal.

Para o planejamento alimentar em rebanhos leiteiros, é muito importante projetar a produção de leite diária e o número de vacas em lactação. É possível precisar o número de vacas em lactação com antecedência de 7 meses. Sabendo o mês de lactação da vaca e conhecendo a curva de lactação média do rebanho, é possível projetar a produção de leite da propriedade. Como se sabe, quanto maior a produção de leite maior será o consumo de alimento.

Já em propriedades de produção de carne, a estrutura mínima para descrição do rebanho é: touro, vaca vazia e sem bezerro, vaca prenhe, vaca parida, novilha em reprodução, novilha em crescimento, novilho em crescimento, boi em engorda, bezerro e bezerra em amamentação. Para fins de planejamento, pode se dividir os animais em crescimento e engorda em idades de 6 em 6 meses, desse modo, fica fácil fazer a mudança de categoria em cada período do ano, verão e inverno.

O levantamento de índices zootécnicos é feito a partir do registro histórico de ocorrências como: cio, inseminação/cobertura, prenhez, nascimentos, mortes, vendas, transferências, idade e peso dos animais. Os índices essenciais para se projetar o rebanho são:

• Taxa de prenhez
• Taxa de descarte anual de vacas
• Taxa de natalidade
• Taxa de desmama
• Taxa de mortalidade de cada categoria animal
• Idade da primeira cobertura e/ou
• Idade do primeiro parto
• Ganho de peso no inverno para machos e fêmeas em crescimento e engorda
• Ganho de peso no verão para machos e fêmeas em crescimento e engorda
• Peso de abate de machos e de fêmeas
• Taxa de desfrute

O levantamento dos índices zootécnicos é um dos principais entraves à realização de um bom planejamento. A maioria das propriedades, principalmente de pecuária de corte, não acompanha de forma sistemática seus índices zootécnicos e, normalmente, não consegue apresentar valores reais e confiáveis.

Em alguns casos, esse fato pode ser atribuído a uma deficiência na administração local, ou seja, à falta de anotações rotineiras dos dados necessários na fazenda. Em outros casos, o problema está no processamento e análise dos dados anotados. Algumas propriedades têm longas séries de dados (ex: data de inseminação, data de nascimento, peso ao nascer, mortes, etc.), porém não conseguem transformá-los em informação (índices zootécnicos).

O processamento dos dados pode ser feito de várias formas. Os índices zootécnicos podem ser calculados manualmente ou com o auxílio de planilhas eletrônicas e bancos de dados. Além disso, existem programas de computador desenvolvidos para auxiliar o gerenciamento de fazendas que, uma vez alimentados com os dados necessários, realizam estes cálculos e geram relatórios. Esta, no entanto, nem sempre é a melhor alternativa, pois alguns destes programas são muito complexos e exigem pessoal mais qualificado para manipulá-los.

A seguir são apresentadas as formas de cálculo de alguns índices zootécnicos:

• Taxa de prenhez: 100* ((no de vacas prenhes)/(no de vacas em estação de monta))
• Taxa de descarte anual de vacas: 100*((no vacas descartadas)/(no de vacas em estação de monta))
• Taxa de natalidade: 100*((no de bezerros nascidos)/( no de vacas em estação de monta))
• Taxa de desmama: 100*((no de bezerros desmamados)/(no de vacas em estação de monta))
• Taxa de mortalidade de cada categoria animal:100*((no de mortes)/(no de animais da categoria))
• Idade da primeira cobertura: idade média da primeira cobertura das novilhas
• Idade do primeiro parto: idade média do parto cobertura das novilhas
• Taxa de desfrute: 100*((no de animais abatidos)/(média do total de animais na propriedade ao longo do ano))

0 Comments

  1. Renan Andreoni disse:

    Ola! gostei muito do artigo.
    Mas gostaria de saber como eu faço para planejar umas pastagem de inverno e verão para um rebanho de 10 (dez) cabeças de vaca leiteira?

    Atenciosamente
    Renan Andreoni

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