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PIB do agronegócio cresceu 3,78% no primeiro quadrimestre, dizem CNA e Cepea

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro cresceu 3,78% no primeiro quadrimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado, apontam cálculos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP). O avanço foi impulsionado por uma alta de 8,22% observada no segmento primário (“dentro da porteira”), diretamente influenciada por mais uma colheita recorde de soja na safra 2019/20.

Mas, segundo estudo, de janeiro a abril deste ano os resultados foram positivos em todos os segmentos. Houve crescimentos de 3,98% na área de serviços, de 0,97% em insumos e de 0,44% na frente agroindustrial.

Segundo CNA e Cepea, Tanto a agricultura quanto a pecuária avançaram no primeiro quadrimestre — de 1,72% e 8,01%, respectivamente. “No segmento primário agrícola, os produtos que se destacaram em termos de altas de preços foram milho, café, cacau e arroz, com altas superiores a 20%, além de soja, trigo, mandioca e cana”, informou a CNA.

“Já o bom comportamento do segmento primário pecuário é reflexo dos preços elevados em 2020, com destaque para boi gordo, suínos e ovos. O resultado reflete um efeito inercial da forte elevação ao longo de 2019, relacionada à peste suína africana”, disse a entidade — que observou, contudo, que a demanda doméstica por carnes continua a ser afetada pela crise decorrente da pandemia.

Exatamente por causa da covid-19, o crescimento do PIB do agronegócio no mês de abril caiu para 0,36%, nível abaixo do registrado nos três meses anteriores. Nesse caso, afirmou a CNA, “todos os segmentos registraram alta, exceto a agroindústria, que teve queda de 1,08%, pressionada pela base agrícola.”

“Nesse mês, que foi o primeiro marcado em sua totalidade pelos efeitos das medidas relacionadas ao coronavírus, houve forte queda de produção da agroindústria de base agrícola, com baixas acentuadas para móveis e produtos de madeira, biocombustíveis, têxteis e vestuário e bebidas. Ao contrário, os segmentos de insumos e primário cresceram no mês, 0,46% e 3,26%, respectivamente”, diz o estudo.

Fonte: Valor Econômico.

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