Lucro da Tyson Foods quase dobrou no 4º trimestre do exercício
17 de novembro de 2020
Como a picanha se tornou a peça mais desejada para churrasco?
17 de novembro de 2020

PIB deve encolher 4,5% neste ano, afirma Ministério da Economia

O Ministério da Economia revisou para queda de 4,5% a estimativa para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Na grade de parâmetros anterior, divulgada em setembro, a projeção era de queda de 4,7%. Para o PIB do ano que vem, a pasta agora espera uma alta de 3,2%. 

Os cálculos foram elaborados pela Secretaria de Política Econômica (SPE) e divulgados nesta terça-feira, no Boletim Macrofiscal. 

Para o terceiro trimestre, a expectativa é de recuo de 3,9% frente ao mesmo período do ano anterior. Na divulgação anterior, esperava-se um recuo de 4,9%. Em relação ao segundo trimestre deste ano, a projeção é de avanço de 8,3%. 

“A melhora na projeção se deveu aos resultados positivos da atividade, destacando os principais indicadores mensais do IBGE (PIM, PMC e PMS)”, diz a secretaria em boletim divulgado na manhã desta terça-feira.

Esses indicadores, acrescenta, “apresentaram expansão – quando comparados aos meses imediatamente anteriores, com ajuste sazonal – em todos os meses do terceiro trimestre, indicando forte crescimento e carregamento estatístico positivo para os últimos meses de 2020”. 

Para o setor Agropecuário, projeta-se crescimento de 1,7% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Na comparação com o segundo trimestre (dados com ajuste sazonal), o crescimento seria de 1,2%. 

A retração da atividade industrial projetada para o terceiro trimestre é de 1,1% sobre o mesmo período de 2019. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, esperase crescimento de 13,2% (com ajuste sazonal). 

Para o setor de serviços, espera-se um recuo de 4,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. É esperada ainda variação positiva de 8,0% quando comparado ao segundo trimestre. 

Inflação 

A estimativa para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi alterada para 3,13% em 2020, ante 1,83% previsto antes, em razão da alta no preço dos alimentos. Para 2021, o projeção para o IPCA é de 3,23%.

“A evolução do IPCA ao longo do ano mostra que a inflação acumulada em 12 meses do grupo Alimentação no Domicílio, após atingir um valor mínimo de 5,06% em março, acelerou até alcançar 18,41% em outubro (último dado disponível)”, diz o Boletim Macrofiscal. 

“Contudo, o comportamento das demais categorias de produtos continua contribuindo de forma a manter a variação do índice geral dentro do intervalo de tolerância.” A meta de inflação atual é de 4% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual. 

Analisando os dados do IPCA para alimentação no domicílio, a SPE aponta que, em outubro, quatro itens se destacaram: cereais, leguminosas e oleaginosas (58,59%,); tubérculos, raízes e legumes (21,69%); carnes (36,42%); e óleos e gorduras (49,61), com destaque para óleo de soja (85,78%).

“Todos os valores mencionados se referem à inflação acumulada em 12 meses”, informa. Por outro lado, alimentação fora do domicílio apresentou variação de 4,69%. 

Por causa do comportamento desses itens, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), também calculado pelo IBGE, deverá ficar em 4,10% neste ano, ante os 2,35% projetados em setembro, segundo a SPE. No ano que vem, ele deverá desacelerar para 3,2%. 

A projeção do IGP-DI em 2020 subiu de 13,02% para 20,98%. O boletim informa que este índice tem uma abrangência maior do que apenas o consumidor final, englobando também o setor atacadista. 

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), da Fundação Getulio Vargas (FGV), deverá fechar o ano em 20,98%, ante 13,02% estimados em setembro, e avançar para 4,38% em 2020. 

Fonte: Valor Econômico.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress