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Pesquisadores finalizam mapeamento do genoma bovino

Pesquisadores decodificaram a sequência genética do boi, o que ajudará na produção de leite e carne de melhor qualidade e que também promete esclarecer informações a respeito da saúde humana. A pesquisa reuniu 300 cientistas radicados em 25 países durante seis anos de sequenciamento, de acordo com os resultados publicados na revista "Science". O genoma do boi contém 22 mil genes separados, dos quais 80% são idênticos aos genes humanos. O projeto contou com a participação de pesquisadores da USP, Unesp, e da Embrapa.

Pesquisadores decodificaram a sequência genética do boi, o que ajudará na produção de leite e carne de melhor qualidade – e que também promete esclarecer informações a respeito da saúde humana.

A pesquisa reuniu 300 cientistas radicados em 25 países durante seis anos de sequenciamento, de acordo com os resultados publicados na revista “Science”. O genoma do boi contém 22 mil genes separados, dos quais 80% são idênticos aos genes humanos. O projeto contou com a participação de pesquisadores da USP, Unesp, e da Embrapa.

“A pecuária é extremamente importante para a agricultura dos Estados Unidos, com mais de 94 milhões de cabeças que valem US$ 49 bilhões”, disse o secretário da Agricultura dos EUA, Tom Vilsack. “Entender o genoma do gado e fazer seu sequenciamento possibilitará a compreensão da base genética de doenças, e pode resultar em maior produção de carne e leite reduzindo a dependência de antibióticos”, disse.

O resultado das pesquisas de seis anos do consórcio tem grande importância econômica para o setor porque permitirá identificar e selecionar genes com características específicas (qualidade e produtividade) de maneira mais rápida, eficiente, ampla e barata.

O chamado sequenciamento do genoma bovino e a construção do mapa genético da espécie, cujas pesquisas custaram US$ 54 milhões ao consórcio internacional, poderá selecionar genes especiais que dariam, por exemplo, mais maciez e sabor à carne, coloração mais acentuada, menor quantidade de gordura e ácidos graxos.

Alguns cientistas comentam, por exemplo, a dificuldade de financiamento para os estudos. “Você não faz avaliação, não faz melhoramento, não faz genética, não faz genoma se você não tem material para trabalhar”, diz Alexandre Caetano, da Embrapa.

O cientista afirma ainda que a aplicação do conhecimento genético, no caso do boi, deve ocorrer mais no planejamento de cruzamentos do que na criação de animais transgênicos. “O que temos agora é uma nova ferramenta para implementar e adicionar ao que já vinha sendo feito”, diz. “É uma ferramenta que nunca existiu antes, que nos permite fazer esse processo de avaliação e aprimoramento de uma maneira mais rápida e mais eficiente.”

As informações são da Folha de S. Paulo e do jornal Valor Econômico, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

0 Comments

  1. Vitor Santos disse:

    Concordo plenamente com Alexandre Caetano, tem que ter investimento cada vez maior para pesquisa nacional, e isto cabe aos gestores do nosso país. E num projeto tão importante como este do “Mapeamento do Genoma Bovino”, será que vamos perder (Brasil) esta oportunidade de produzir mais e melhor por falta de recursos? Sendo nós (Brasil) o maior rebanho bovino comercial do mundo, a oportunidade esta ai!

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