Pesquisadores da Unicamp e Nelore do Brasil firmam parceria para pesquisa de qualidade da carne brasileira

A Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) e pesquisadores da Área de Carnes do Departamento de Tecnologia de Alimentos da Unicamp aguardam a aprovação de uma proposta submetida ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para financiamento de pesquisa sobre a carne brasileira. A disputa é por uma fração dos R$ 100 milhões que o Ministério da Agricultura está transferindo ao Ministério de Ciência e Tecnologia para projetos nas áreas de sanidade, inspeção e qualidade (animal e vegetal). O resultado deve sair na próxima semana.


A pesquisa irá avaliar diferentes técnicas e etapas da indústria frigorífica dentre as quais manejo pré-abate, estimulação elétrica, pendura pela pelve e maturação da carne, utilizando animais da raça Nelore criados a pasto. O estudo terá duração de três anos e será desenvolvido nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde há forte presença da raça, embora todos os Estados brasileiros sejam beneficiados pelo resultado da pesquisa. O principal objetivo é comprovar que, com base em conhecimentos e técnicas confiáveis, é possível oferecer um produto diferenciado, com qualidade garantida e rastreabilidade da produção ao consumo, tanto para atender ao mercado interno como as exigências para exportação.

Além dos técnicos da Nelore do Brasil, até o momento o projeto conta com a parceria de pesquisadores do Laboratório de Carnes da Unicamp, do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), da Secretaria da Agricultura, do Laboratório de Análises Físico-químicas e Sensoriais (LAFISE) e com a participação da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Goiás, através do Centro de Tecnologia de Alimentos.

Para o executor do projeto, professor Pedro de Felício, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), da Unicamp, um país com perto de 200 milhões de cabeças de gado bovino, que deve exportar em 2008 cerca de cinco bilhões de dólares de carne e alimenta 170 milhões de brasileiros, tem que investir na qualidade.

“Entende-se por qualidade o gerenciamento da cadeia produtiva pela Qualidade Total, no estilo japonês, de modo a comercializar uma carne com garantia de sanidade na criação, higiene no abate e na manipulação, inspeção sanitária, quantidade de gordura especificada, palatabilidade (maciez, sabor e suculência), codificação de toda informação amarrada à rastreabilidade oficial do país”, diz. Tudo isso para que permita comprovar as informações do rótulo a respeito de um determinado corte e se associar a uma marca, isto é, um produto made in Brazil.

Para mais informações preencha o formulário abaixo.

Fonte: Assessoria de comunicação da ACNB (ContatoCom)