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Pesquisa mostra desconexão entre opinião dos cientistas e do público sobre diversas questões agropecuárias

Uma recente pesquisa feita pelo Pew Research Center mostrou uma desconexão entre as visões do público e dos cientistas sobre diversos assuntos envolvendo a produção agropecuária. Os cientistas que participaram desse estudo era da Associação Americana para Avanço da Ciência (AAAS). As principais descobertas da pesquisa foram:

– Somente 37% do público em geral acham que é seguro comer alimentos geneticamente modificados, comparado com 88% dos cientistas. Essa foi a maior diferença da pesquisa, de 51 pontos.

– 47% do público são favoráveis ao uso de animais para pesquisas cientificas, comparado com 89% dos cientistas.

– Sobre a segurança de consumir alimentos que foram produzidos com o uso de pesticidas, 28% do público achou isso aceitável, comparado com 68% dos cientistas.

– A questão da mudança climática foi vista como principalmente derivada da atividade humana por 50% do público, comparado com 87% dos cientistas.

– Somente 59% do público acredita que o crescimento da população mundial será um problema importante, com 87% dos cientistas pensando isso.

Sobre a grande diferença entre a opinião pública e dos cientistas referente à segurança dos alimentos geneticamente modificados, uma possível razão foi que dois terços do público (67%) disseram que os cientistas não têm um entendimento claro sobre os efeitos para a saúde.

Fonte: Drovers, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

 

1 Comment

  1. Sergio Raposo de Medeiros disse:

    Muito interessante! O que chama a atenção é que as posições dos cientistas beiram os 90%, pela esperada convergência em função de seguir dados científicas concretos. Deve-se considerar, além disso, que mesmo quem esteja nos 10% pode não estar concordando com a questão alternativa, mas apenas considerando que não haja 100% de certeza para aceitar a afirmação questionada. Isto é bem evidente com a questão de alimentos transgênicos, pois sempre há chance de se aumentar um determinado alergênico (alguma substância que predispõe reações alérgicas) ao se produzir um transgênico. Para uma porcentagem mínima de consumidores, isso pode, por exemplo, causar algum distúrbio (na maioria das vezes, não grave). Para um determinado cientista, isso pode ser suficiente para não considerar seguro comer alimentos geneticamente modificados. Para outros, como nos alimentos não geneticamente modificados podem causar o mesmo problema, isso não seria motivo para aceitar que os transgênicos não seriam seguros. Há grandes desafios aqui: 1) Melhorar a capacidade de transferir conhecimento da área científica para a população em geral; 2) Aumentar a credibilidade dos cientistas pela população (e no Brasil creio que as diferenças seriam maiores ainda) e 3) Criar a cultura de basear as decisões em dados concretos, independente se eles mostram algo que desejamos ou não, à exemplo dos negadores das mudanças climáticas por conveniência (em especial a indústria petroleira). Se formos para esse lado, as chances de progresso aumentam e, as de sofrimento, reduzem!

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