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Pesquisa faz reconhecimento facial de bovinos em MS

A identificação individual de animais no campo poderá ser feita por câmeras no futuro, aposentando a marca a fogo ou mesmo os mais modernos brincos. Em estudo conduzido pela Embrapa e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, as imagens capturadas por câmeras de drones ou fixas nos cochos, depois analisadas por programas computacionais, foram suficientes para separar os animais por diferenças de perfil, lateral do corpo ou a própria face.

A tecnologia é similar à de reconhecimento facial dos aeroportos, utilizada para encontrar na multidão o rosto de criminosos. Entre os 51 bovinos monitorados, de raças, sexo e idades diferentes, a precisão do reconhecimento ficou entre 98,9% e 99,9%. O resultado foi obtido depois de um treinamento para o aprendizado de máquina que contou com um banco de mais de 27 mil fotos desses animais, extraídas de vídeos curtos. As imagens foram coletadas no Núcleo de Conservação de Bovinos Pantaneiros de Aquidauana (Nubopan), na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS).

“O sistema por imagem poderá agilizar também o transporte de animais e a emissão da Guia de Trânsito Animal”, afirma Fabrício de Lima Weber, cientista da computação da UFMS – já vislumbrando a abertura da Rota Bioceânica, entre Brasil e Chile. A ligação deverá facilitar o embarque de animais para a Ásia.

Weber planeja criar ainda um aplicativo, que dará acesso às imagens pelo celular. A ferramenta deverá acelerar a identificação dos animais não só em um corredor de exportação ou nas fazendas, mas também em áreas de exposição em feiras agropecuárias, por exemplo.

“A identificação de animais por meio de imagens permitirá ao produtor controlar melhor o rebanho, sua localização na propriedade e, consequentemente, o manejo do pastejo”, afirma Patrícia Menezes Santos, da Embrapa Pecuária Sudeste. A pesquisadora coordena o projeto Pecuária do Futuro, do qual essa pesquisa faz parte.

Dentro do projeto Pecuária do Futuro, a Embrapa também busca soluções específicas para o Pantanal, como um sistema de alerta para cheias e incêndios e uma ferramenta para orientar as decisões sobre o plantio de pastagens exóticas no bioma.

Fonte: Valor Econômico.

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