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Pesquisa detalha perfil de mulheres que trabalham com inovação no agro

A presença feminina em cargos ligados à inovação no agronegócio é predominantemente branca, escolarizada, solteira e sem filhos, de acordo com a pesquisa #MulheresQueInovamOAgro, realizada pelo hub AgTech Garage, de Piracicaba (SP). O questionário que serviu de base para os resultados ficou disponível online entre 30 de setembro e 21 de outubro, e foi preenchido por 181 mulheres.

A esmagadora maioria das entrevistadas, precisamente 76,8%, se classificou como branca. Pretas e pardas representaram 17,7% do total, enquanto amarelas eram 3,3%. Outras 2,2% não responderam à questão.

Formação sólida

Menos de 3% das mulheres que atuam com inovação no agronegócio brasileiro estudaram apenas até o ensino médio, segundo a pesquisa. Trinta e um por centro cursaram o ensino superior, 40% têm pós-graduação, 16% concluíram mestrado, 9,4% são doutoras e 1,1% tem pós-doutorado.

Mais da metade das mulheres que responderam ao questionário são solteiras (51,4%), 6,1% são divorciadas ou viúvas e 42,5% são casadas. Em relação a filhos, 58,6% delas não têm — em cargos de liderança, esse percentual cai para 52%.

Também mais da metade das mulheres que participaram da pesquisa ocupa cargos de liderança em startups, empresas, propriedades rurais e instituições: 4,4% são CEOs, 11% são fundadoras ou co-fundadoras, 28,7% são gestoras e 9,4% são coordenadoras.

Das entrevistadas, 76,2% se dizem acolhidas pelo setor de inovação. Apesar disso, quase 80% afirmam que sofrem preconceito de gênero, ainda que sutil. Para 53% delas, o machismo é um dos principais desafios a ser vencido. Entre mulheres com menos de 35 anos, esse percentual salta para 65%.

O trabalho também apontou que 64% das mulheres que trabalham com inovação no setor produtivo estão na região Sudeste, 15% no Sul, 12% no Centro-Oeste, 4% no Nordeste e 3% no Norte.

Fonte: Valor Econômico.

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