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Pedro Veiga: o confinamento é um negócio de longo prazo, haverá épocas difíceis e épocas de vacas gordas

O Prêmio BeefPoint – Edição Confinamento foi criado para homenagear quem faz a diferença nos confinamentos do Brasil. Essa é uma iniciativa do BeefPoint, e tem a Assocon como parceira. A premiação foi feita durante o Interconf 2013, evento da Assocon que começou no dia 9 de setembro e encerra no dia 12 de setembro de 2013, em Goiânia/GO e que o BeefPoint fez a curadoria de conteúdo.

Para conhecer melhor os finalistas, o BeefPoint preparou uma série de entrevistas que mostram o que eles têm feito para se destacar na pecuária de corte.

Confira abaixo a entrevista com Pedro Veiga, um dos finalistas na categoria Nutrição em Confinamento.

Pedro Veiga

Pedro Veiga Rodrigues Paulino nasceu em Belo Horizonte – MG, mas foi criado em Catalão – GO. É zootecnista, mestre e doutor em Zootecnia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), com período sanduíche na Universidade da California (UCDAVIS). Pós-doutor pela Iowa State University. Foi professor do Departamento de Zootecnia da UFV de 2006 a 2013.

Em abril desse ano saiu para assumir a gerência global de tecnologia de bovinos de corte da Nutron / Cargill. Seu trabalho envolve suporte técnico para a equipe de bovinos de corte da Nutron, atendimento à clientes em demandas específicas e intercâmbio de informações e pesquisas, com a estrutura global da Cargill, de forma a oferecer as melhores soluções disponíveis no mundo para que os clientes atinjam um ótimo desempenho técnico e econômico em suas operações.

BeefPoint: O que você considera mais importante em um confinamento de gado de corte?

Pedro Veiga: Sem dúvida nenhuma a gestão e a liderança. Gestão dos dados e da informação, já que são imprescindíveis para avaliação do negócio e para dar suporte à tomada de decisões. A liderança das pessoas envolvidas no negócio também é fundamental. Sem uma equipe coesa, bem treinada e motivada, qualquer ação a ser implementada se torna algo difícil.

O acompanhamento do dia a dia do confinamento também pode parecer básico, mas é o que sustenta o negócio. Fazer as coisas certas sempre, de forma bem orientada e com métricas de aferição representam o início do sucesso do confinamento.

BeefPoint: Qual o maior desafio dos confinamentos no Brasil hoje? 

Pedro Veiga: Entender que a atividade de confinamento deve ser encarada como um negócio de longo prazo, com a plena consciência de que haverá momentos mais difíceis, de ganhos financeiros aquém do desejado, mas que épocas de vacas gordas virão à frente.

O que interessa, é o lucro médio obtido no longo prazo, e não decidir de forma imediatista. Mão de obra qualificada apresenta-se como um gargalo hoje e o fazer bem feito no dia a dia, também é crítico. Sem um acompanhamento técnico muito bem embasado e rigoroso, as chances de sucesso diminuem.

BeefPoint: Qual projeto de confinamento você teve contato ou implementou nestes últimos anos, que considera um case de sucesso? Por quê? 

Pedro Veiga: Vera Cruz, de Goiás; a AC Agro-Mercantil, de MG e MT; o da Agro Pastoril Paschoal Campanelli; dentre vários outros.

Eles acreditam e utilizam o que há de mais avançado em tecnologia, gestão eficaz e implementada de forma correta, ambiente de trabalho que valoriza o papel que cada colaborador tem para o sucesso do empreendimento e transparência em tudo que é feito.

BeefPoint: O que você fez em 2012 que te trouxe mais resultados?

Pedro Veiga: Investi bastante em conhecimento, aprimoramento de técnicas que podem fazer a diferença e decidi mudar de carreira, deixando a vida acadêmica e indo para a iniciativa privada.

BeefPoint: O que você pretende fazer de diferente em 2013? E por quê?

Pedro Veiga: Tentar aplicar na prática o conhecimento técnico e as experiências de pesquisa adquiridos no mundo acadêmico e científico de forma a obter ótimo desempenho técnico, que se traduzirá em ótimo econômico, respeitando-se o bem estar dos animais e garantindo a entrega de um produto de alta qualidade.

BeefPoint: Qual mensagem gostaria de deixar para os confinadores no Brasil? 

Pedro Veiga: Acreditem no enorme potencial que o Brasil tem para produzir carne que atenda a qualquer tipo de demanda, seja do consumidor interno ou dos vários países para o qual o Brasil exporta. Foquem em tecnologia e suporte técnico de ponta.

Sem dúvida, são dois grandes aliados para garantir a sustentabilidade da atividade de confinamento no país. Investimento é muito diferente de custo!

Confira a lista de ganhadores do Prêmio BeefPoint – Confinamento 2013

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