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Pedro Camargo quer suspender vacinação de aftosa no RS

O Rio Grande do Sul deve parar "o quanto antes" de vacinar seu rebanho bovino contra a febre aftosa. A opinião é de Pedro de Camargo Neto, pecuarista e presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

O Rio Grande do Sul deve parar “o quanto antes” de vacinar seu rebanho bovino contra a febre aftosa. A opinião é de Pedro de Camargo Neto, pecuarista e presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).

Para o dirigente, que defende o fim da vacinação no país como forma de ampliar mercados para a carne brasileira, o Estado é o “mais preparado para suspender a vacinação atualmente. O Rio Grande do Sul tem status de livre de aftosa com vacinação.

Camargo Neto falou sobre o tema ontem (31) na audiência pública “Status Sanitário do Rebanho do RS”, na Casa da Assembleia Legislativa, na Expointer, em Esteio (RS).

“O status de livre de aftosa com vacinação era uma etapa para o processo de erradicação da doença e foi cumprido há 10 anos”, comentou ele, referindo-se ao Rio Grande do Sul. O último foco da doença no Estado ocorreu em meados de 2000, na cidade de Joia.

“É hora de parar de vacinar. Mas isso demanda que se tenha confiança no sistema de sanidade”, afirmou o dirigente. Segundo ele, alguns produtores que tiveram os negócios prejudicados pelo surto em 2000 são contrários ao fim da vacinação.

Essa postura indica, diz ele, desconfiança no sistema de vigilância da saúde animal no país. “Se não há confiança [no sistema], como confiar no controle da cobertura vacinal”, questiona. Para Camargo Neto, “continuar a vacinar seria a confirmação de que os serviços públicos de saúde animal não têm a qualidade que deveriam ter”. Depois do Rio Grande do Sul, outras regiões do país também deixariam de vacinar, gradativamente, defende o dirigente.

Segundo Camargo Neto, após dois anos sem vacinar, o Rio Grande do Sul faria sorologia no rebanho local para ser submetida à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), para reconhecimento como livre de aftosa sem vacinação. “Com isso, seria possível abrir o mercado do Japão”, afirma.

Um facilitador é o fato de o Estado de Santa Catarina já ser reconhecido como livre sem vacinação pela OIE. Uma missão japonesa visita o Estado atualmente para inspecionar a produção de carne suína.

Comentário BeefPoint: O status de livre de aftosa sem vacinação facilitaria a exportação de carne bovina e também suína, que é o foco da Abipecs. Muita gente no RS (e no resto do Brasil) ainda é reticente em parar de vacinar, pois o prejuízo de um eventual surto seria muito alto, apesar do risco ser mínimo.

As informações são do Jornal Valor Econômico adaptadas pela equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. Augusto Baier disse:

    Sou criador no sul do RS e concordo com a proposição de suspender a vacinação contra a aftosa. O custo da vacina é alto, além do desconforto da vacina e dos dois manejos anuais dos animais. O controle sanitário, melhorou muito. O status de livre da aftosa sem vacinação é essencial para termos acesso aos mercados mais exigentes. Os exemplos dos surtos na Europa há uma década, não intimidaram aqueles países, sacrificaram muitos animais, para não perder o status livre da deonça sem vacinação.

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