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Pecuaristas já seguram a venda de bois

Pecuaristas de vários estados iniciaram ontem boicote às indústrias frigoríficas. Eles prometem reter os bois no pasto por 30 dias para forçar um reajuste do preço da arroba do boi gordo, em queda acentuada nos últimos meses, e ao mesmo tempo retaliar os frigoríficos exportadores acusados de formar cartel prejudicando os pecuaristas na hora da venda de gado para abate. Pecuaristas com gado pronto para abate em São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, ouvidos pela reportagem, garantiram que não vão entregar os bois nos próximos dias.

Um deles é o presidente do Sindicato Rural da Alta Noroeste, Fernando Aguiar, de Araçatuba (SP). Segundo Aguiar, o preço da arroba na região deveria estar em R$ 70, mas é negociada a R$ 59, enquanto na mesma época do ano passado estava em R$ 62. “Os custos de produção subiram 20% de janeiro do ano passado a janeiro deste ano e sabemos que os frigoríficos podem pagar R$ 70 a arroba que continuarão no lucro”, defende.

“O problema para os pecuaristas é que este movimento acontece em plena época de safra. Os grandes produtores podem fazer o boicote, mas os pequenos, que têm dívidas a pagar, não vão conseguir segurar os bois. Além disso, as indústrias podem aumentar o preço um pouco, não o pretendido, que os pecuaristas vão aceitar”, declarou Sérgio Galiano, da Lucra Corretora, de Araçatuba.

Na opinião do diretor-administrativo do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Estado de São Paulo (Sindfrio), Hélio Toledo, “o movimento dos pecuaristas não vai a lugar nenhum porque ninguém pode ir contra a lei da oferta e procura”. Segundo ele, os pecuaristas se precipitaram.

Fonte: Correio do Estado/MS, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. adriana moraes do nascimento disse:

    Esta mais do que na hora de segurar o boi no pasto, afinal os custos com o acabamento de carcaça não são pequenos.

    O trabalho do pecuarista tem que ser mais valorizado.

    A união faz a força!

  2. Jorge Humberto Toldo disse:

    Realmente é uma pena! Mais uma demonstração de imaturidade por que não dizer irresponsabilidade por parte de algumas entidades que estão por trás desse movimento.

    Bem lembrado o aumento de 20% nos custos em relação ao ano passado. Em alguns casos até mais do que isso. Agora pergunto o que de fato se está fazendo contra isso?? Atacar efeitos nunca resolveu coisa alguma. Querer U$27,0/@ não existe isso de maneira nenhuma.

    Volto a bater na mesma tecla: É PRECISO UNIÃO SIM, mas para baixar custos e não utopicamente brigar contra o mercado.

    Abraços,

  3. Névio Primon de Siqueira disse:

    É como disse o diretor do Sindfrio, Sr. Helio Toledo, não há como contratriar a lei da oferta.

    Então pecuaristas, esperem o frigorífico procurar o seu boi.

    Afinal quanto custa um frigorifico parado.

    Não gosto de tais retaliações, mas só assim para tentar tornar os frigorificos PARCEIROS dos pecuaristas, porque até hoje o que vemos é a lei de “Gerson”.

    Quem pode mais é que leva.

    Digo novamente, quanto temos a aprender com o TAMANDUÁ?

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