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5 de junho de 2007
Mercados Futuros – 08/06/07
8 de junho de 2007

Pecuária de corte não aproveita o cooperativismo

Apesar de cerca de 40% de toda produção agropecuária do Brasil passar por uma cooperativa e da renda de um cooperado ser duas vezes e meia maior que um produtor sozinho, a pecuária ainda não entrou no setor. As exceções ficam por conta de iniciativas em Goiás e Rondônia, que buscam a união para exportar.

Apesar de cerca de 40% de toda produção agropecuária do Brasil passar por uma cooperativa e da renda de um cooperado ser duas vezes e meia maior que um produtor sozinho, a pecuária ainda não entrou no setor. As exceções ficam por conta de iniciativas em Goiás e Rondônia, que buscam a união para exportar.

“A organização tem peso político, é uma importante aliada na reivindicação do setor, além de facilitar a colocação de assuntos como a carga tributária na pauta do governo para rever posições”, valorizou o presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Márcio Lopes de Freitas.

Para ele, a questão tributária barra a entrada da pecuária no cooperativismo. “As cooperativas têm uma contabilidade muito exposta e não podem trabalhar na informalidade, razão pela qual não conseguem competir no segmento”, apontou, dizendo que na pecuária de corte há grande informalidade, porque a carga tributária é muito pesada.

Outro fator contra é o cultural, pois o pecuarista tem uma estrutura muito individualista e custa a se agregar. “Iniciativas individuais só têm êxito se o pecuarista for grande o suficiente para fazer investimentos ou para ter poder para negociar, mas qual é o produtor de boi que tem condições de encarar os frigoríficos?”, questionou. As informações são de Beth Melo, do Suplemento Agrícola, do jornal O Estado de S.Paulo.

0 Comments

  1. Luciano Andrade Gouveia Vilela disse:

    Se dermos conta de juntar força algum dia a pergunta final se inverte com certeza.

  2. Marcelo Penha Silva disse:

    Este assunto deve ser mais detalhado e abordado em outras matérias. Quando os produtores entenderem o cooperativismo, as dificuldades comerciais e de produção serão melhor resolvidas.

  3. José Alberto Fancelli disse:

    Acho que os pecuaristas deveriam se unir para montar uma central de compra de bois para o abate, tipo uma cooperativa, aonde esta central iria negociar junto aos frigoríficos, pois ela teria poder de barganha muito grande pela quantidade de bois que seria muita, acho mais, que a central deveria receber uma taxa por boi abatido, para fins de investimento em plantas industriais, fazendo o rateio de participação acionária, proporcional a quantidade de bois abatida por pecuarista.

  4. Rubem de Pinho Belarmino disse:

    Até hoje nunca ouvi falar em um outro setor não unido como o dos pecuaristas. Enquanto isto existir, o futuro da pecuária é ver e ouvir falar em falência na área rural. E quem leva vantagem como sempre é o Governo, pois, incide mais impostos na compra e venda de terra.

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