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Patrimônio, Burdizzos e Canivetes – Por André Bartocci

14/07/2013 - ESPECIAL FEICORTE - DINHEIRO RURAL - Fotos do pecuarista André Bartocci da Fazenda Nossa Senhora das Graças em Caarapó, Região de Dourados-MS . Fotos: Marco Ankosqui

Por André Bartocci, pecuarista e formado em Direito. Realiza recria e engorda com Integração Lavoura e Pecuária na Fazenda Nossa Senhora das Graças, em Caarapó – MS.

Minha constância de ser entrevistado é muito próxima da média brasileira, beira o zero. Então, lembro bem da primeira vez que falei, com uma câmera me filmando.

Falei sobre castração de bois e os desafios desta decisão. Foi uma boa experiência. Meu vídeo foi assistido por muitas pessoas e comentado, com apoios entusiasmados e críticas ferozes.

Com o tempo, percebi que o sucesso relâmpago da minha entrevista pouco tinha a a ver com meu talento artístico ou com a clareza das minhas ideias.

Ele estava relacionado com este tema quente que gera uma dúvida quase filosófica sobre a produção de boi: Capão ou Inteiro?

Sou produtor do Mato Grosso do Sul, um estado que sempre castrou seus bois e, no momento que escrevo, principalmente devido ao ciclo pecuário de alta, muitos produtores começaram a contabilizar quantos reais ficam para trás depois que os bois vão embora.

E para aqueles que já chegaram ao fim da equação, a castração está com dias contados.

E neste ponto entro em outro tema que mexe com os sentimentos íntimos das famílias pecuaristas: fazenda é para produzir bois ou a produção de bois é para garantir a fazenda?

Esta pergunta faz todo sentido quando, em várias regiões do país, fazendas lucram menos que R$100,00 por ano, em um hectare que vale mais que R$10.000,00.

Criar um negócio para garantir lucro imobiliário não é restrito a fazendeiros inteligentes, como lembrado em um excelente artigo do BEEFRADAR do Rodrigo Albuquerque e do Ricardo Heise; este é, inclusive, o negócio do McDonald’s.

Criar um negócio de vender sanduíches para garantir seus investimentos imobiliários. Deu certo para o Mac. Foi uma grande oportunidade e ainda é para pecuaristas que estiveram na fronteira agrícola.

Porém, as coincidências entre o Big Mac e fazendeiros param por aí.

A valorização constante de áreas comerciais urbanas nobres é um consenso em todos os países capitalistas. Já na zona rural, este não é um ponto pacífico.

Depois de formar uma fazenda, ela somente se valoriza com a chegada (ou a promessa) de uma infraestrutura, seja uma rodovia, uma ferrovia, um porto ou na iminência de uma melhoria externa, como a construção de uma usina ou um frigorífico.

No mais, a tendência de longo prazo é que as fazendas tenham seu valor venal relacionado com sua capacidade de produção e o seu lucro.

Lógico que, no Brasil, muitas áreas vão se valorizar; ainda existem oportunidades. Mas a probabilidade de você ganhar dinheiro na compra de uma fazenda em 2015 é menor do que foi em 1995.

E a probabilidade de você perder dinheiro aumentará se você adiar sua decisão para 2035.

Thomas Piketty, escritor do best-seller O Capital no Século XXI, afirma que o mundo vive um dos períodos de maior concentração de riquezas da história. De acordo com sua teoria, em longo prazo, esta concentração se equilibrará ou por atuação de governos conscientes ou por convulsões sociais.

Ele lembra que as desigualdades são mais acentuadas em países que crescem pouco e que não investem corretamente em educação e tecnologia. Conheço um país nesta situação!

Então, se você acredita que estamos em um país livre, capitalista e democrático e em algum momento ele retornará para os trilhos, podemos presumir que nossos governantes vão seguir o caminho dos estados desenvolvidos.

Estas nações têm uma regra básica com relação a tributos: retire impostos que oneram a produção e aumentem, sempre e muito, impostos sobre o patrimônio, doações e a herança.

Para os desavisados, isto não é papo de socialista.

Se duvidar, verifique os impostos pagos por japoneses e americanos sobre seus bens!

Espero que na próxima década o ambiente produtivo do Brasil esteja melhor, mas posso apostar que daqui a dez anos o ITR, o ITBI, ITCMD e todos os impostos que tributam o patrimônio terão aumentado muito, talvez custem o dobro do valor atual!

Portanto, manter por anos uma fazenda produzindo pouco, uma estratégia que foi a base de muitas fortunas nos últimos 60 anos, pode representar, na melhor das hipóteses, um negócio bastante ruim para as próximas décadas.

E o que o burdizo e o canivete têm com isto?

Voltemos à equação que mede os reais que ficaram depois que o produto foi embora. Aparentemente, ela não é clara para nós, pecuaristas.

Com frequência, discussões sobre cobertura de gordura, rendimento de carcaças e prêmios por qualidade sobrepõem a contabilidade básica de quantos reais foram destinados para o sistema e quantos o sistema devolveu.

Já escutei muitas vezes a máxima que a atividade aceita margens de erro maiores que a agricultura.

Isto é uma visão míope; o erro na pecuária também é fatal. Porém, ele é sustentado, na maioria das vezes, pelo negócio imobiliário.

O caminho de aumento da eficiência e produtividade é uma constante na vida de pessoas que produzem da terra. Soja, milho, eucalipto, cana seguem esta regra.

A pecuária não é diferente.

O negócio de carnes de especiais que poderia sair do destino reto das commodities e que é o sonho de 8 em cada 10 bons pecuaristas, está reservado para poucos e muito, muito especiais produtores, diga-se de passagem.

Se quisermos ser sustentáveis, temos que nos preocupar em retirar mais @ de cada hectare a cada ano.

Lógico que esta carne deve ter qualidade, devemos nos preocupar em conseguir um alto nível de sanidade, em erradicar zoonoses e em produzir com o respeito ambiental.

Precisamos pensar seriamente no bem estar de todos os envolvidos na produção, inclusive os animais.

Porém, o lucro é o oxigênio.

O McDonald’s sabe que alimentos saudáveis são melhores para o consumidor, mas não pense que ele está analisando substituir o barato e popular nugget (com essência de frango) pela muito mais popular, mais saudável, porém muito menos lucrativa picanha fatiada na chapa!

150 gramas, para os otimistas, deixadas de ganhar por dia por interrompermos o fluxo de hormônio natural dos bovinos, em 300 dias de produção representam 1,7@ ou R$220,00.

Um erro por esta margem em alguns anos é fatal.

Definitivamente, esta diferença não é paga com os R$5,00 a mais por @ que a indústria esta disposta a gastar no momento.

Investir em canivetes, burdizzos e Lepecid para colocar 3 mm de gordura em um boi não é a maneira mais eficiente de buscar qualidade!

Então, concluo que discutir castração, com a atual legislação brasileira, que não permite hormônios artificiais, é papo para produtores que ainda acreditam que seus bois moram em cima do seu verdadeiro negócio.

Estão vendendo picanha ao ponto a preço de nuggets em seus drive thrus!

Por André Bartocci, pecuarista e formado em Direito. Realiza recria e engorda com Integração Lavoura e Pecuária na Fazenda Nossa Senhora das Graças, em Caarapó – MS.

43 Comments

  1. Marivaldo Miranda disse:

    Parabéns André, excelente análise sobre o assunto. Qualquer coisa diferente do que deixar o animal inteiro, pelo menos até 24 meses, alguém tem que pagar pelo que se deixou de ganhar pela ação dos hormonios naturais.

  2. Walter Magalhães Jr disse:

    Meus parabéns, André.
    Raras são as vezes em que podemos nos debruçar sobre um texto tão lúcido e tão cheio de verdade técnica como esse seu.

  3. Leandro Gomes disse:

    Muito bom o artigo.
    Lembrando, que o capitalismo ainda atua sobre muitos produtores que acabam esquecendo a qualidade de lado.

  4. Alencar Mendes Exagro disse:

    Parabéns, André. Texto escrito por alguém que, além do dom da palavra, tem conhecimento de causa para falar do assunto com propriedade. Precisamos sempre sair dos nossos problemas do dia a dia e responder a nós mesmos a pergunta: O que tem me levado a fazer o que estou fazendo? Isso me aproxima da meu objetivo? Qual é mesmo o meu objetivo? Ah tá… Parabéns

  5. Raul Almeida Moraes Neto disse:

    Excelente artigo !
    Com um tema recorrente entre pecuarista o artigo chega ao cerne da lógica do negócio agropecuário .
    Parabéns , valeu cada minuto de leitura.

  6. Rossini R.Machado disse:

    Parabéns Andre pelo discernimento e Miguel pela escolha do palestrante

  7. Rodrigo Bonilha Botelho disse:

    Parabéns André pelas palavras e analogia… Falou com propriedade e conhecimento de causa pela sua tamanha intimidade com a atividade. Abraço.

  8. Gervano dias disse:

    Parabéns , muito bem colocado a atual circunstância de mercado . Fica para o pecuarista escolha do seu negócio .

  9. Cristian Meneghetti disse:

    Parabéns André. Excelente abordagem onde os mínimos detalhes fazem a diferença.

  10. Mariana Virgínia disse:

    Está de Parabéns. Ótimo texto!!!

  11. Vilson Fernando de Oliveira disse:

    É muito importante refletir sobre a real necessidade da castração bovina. Muito pertinente a análise do artigo. Parabéns. Vilson Fernando de Oliveira.

  12. Luiz Flávio Lima disse:

    ”Porém, o lucro é o oxigênio”, Excelente artigo.
    A pecuária brasileira está avançando, ainda é preciso quebrar alguns paradigmas dentro e fora das porteiras.

  13. Eduardo Maroca disse:

    Muito bom. Bem realista

  14. Cahuê Fagundes disse:

    André, meus parabéns pelo artigo. Muito claro e sucinto com o tema castração. Analisou na ponta do lápis mostrando que não vale a pena!
    Sobre a visão de negócio, aqui no leste da Bahia, infelizmente, a pecuária é na sua maioria das vezes encarada como uma atividade imobiliária.

  15. Sarah Freire disse:

    Parabéns, André! Excelente texto, muito coeso e muito necessário falar mais sobre esse tema.
    Pesquisando muito sobre o assunto, embasada em vários artigos já escritos, cheguei a conclusão de que a castração ao nascimento é a melhor saída. Custos baixíssimos, pouco stress, o bezerro não sente dor, e a diferença de ganho de peso não é significativa se comparado à animais inteiros!
    Obrigada pelo excelente texto, mais um aprendizado de alto valor disponibilizado pelo BeefPoint!

    • Alexandre disse:

      Sarah… não entendi.. você elogiou o texto mas não concordou? Continuará castrando ao nascimento? Obrigado…

  16. Araripe Serpa Gomes Pereira disse:

    Se os números citados pelo articulista forem verdadeiros a equação fecha. Mas desconfio deles. No passado não se tinha a ideia de acrescentar gordura ao corte, e nossos avós castravam os bois para pesarem mais no gancho. Afinal, boi castrado vai pesar mais ou menos no momento do abate?

  17. Edir Nisczak disse:

    Fantástico, Parabéns! Muito bom ler algo claro e que usa uma performance que demonstra sem rodeios o fato.

  18. Rodrigo M. F. disse:

    O pecuarista deve conhecer-se a si mesmo, sua família, seu negócio e seu país. Amicus Platus, sed magis amica veritas. Parabéns.

  19. Fabiano Tiro Rosa disse:

    Prezado André,

    Claro, embasado e objetivo como de costume. Podemos não concordar sempre, mas a forma como vc expõe suas idéias sobe o nível da discussão e nos leva, obrigatoriamente, a “analisar outros ângulos”, independentemente do tema abordado.

    Sobre a questão patrimonial, estou 100% de acordo. Com relação à castração, vejo que tb temos certo alinhamento, só peço licença pra tentar contribuir um pouco com o debate.

    Tem havido certa confusão sobre esse tema, ao meu ver. A questao não deve ser se devemos produzir bois castrados ou inteiros. Castração não é o fim, mas pode ser o meio. Castração não é o padrão, mas talvez uma das ferramentas para alcança-lo. De toda forma, como bem sabemos, existem outras.

    Considerando que nosso produto, carne bovina, é uma commodity, e que commodity não é sinônimo de porcaria (como muita gente pensa) e sim de padrão, a pergunta é: qual padrão devemos produzir/entregar?

    Hj para atender as exigências da maior parte dos mercados, seja MI ou ME (aqui excluo os nichos, como steakhouses de alto padrão no MI e, no ME, bois UE e Hilton), precisamos de animais abaixo de 36 meses (além da idade afetar maciez, 36 meses abaixo é exigência direta de mercados do China, Israel, Irã e Chile), com peso entre 16-23 @s (obviamente estamos falando de lotes homogêneos dentro desse range), com cobertura mediana – (3 a 4 mm, dando flexibilidade para atender quem quer carne magra, se necessário trabalhando a limpeza das peças, e quem quer carne razoavelmente gorda, garantindo tb o mínimo de cobertura pra proteger a carcaça durante o processo de resfriamento/maturação) e pH abaixo de 5,9 (ajudando a garantir cor, odor, sabor, maciez e, principalmente, tempo de prateleira adequados).

    Considerando o exposto acima, castração é uma ferramenta que auxilia principalmente no que diz respeito a cobertura e pH, mas temos tb genética, nutrição, manejo, redução de raio de compra, etc. para atuar nesse sentido.

    Castração, isoladamente (sem manejo adequado e com baixo nível de tecnologia), não garante qualidade, assim como acontece com o cruzamento industrial (pra ter um outro exemplo que tb está merecendo reflexão). Vemos na prática muito animal castrado e mal acabado. Ademais, mal usada, a ferramenta ainda pode jogar contra dois dos quesitos listados que são cada vez mais importantes para produtor e indústria: idade e peso.

    A indústria de insumos deve vir em breve com novidades para auxiliar animais inteiros a alcançar níveis de resposta adequados de pH. Tb acredito que, mais dia menos dia, provavelmente com algum nivel de restrição, passaremos a poder usar no Brasil tecnologias já disponíveis e muito usadas no resto do mundo que permitam aos animais castrados não perder performance de ganho de peso. As opções vão aumentar.

    Em síntese, o importante é sabermos o que produzimos e para quem produzimos; dessa forma conseguimos definir o padrão que devemos buscar. Aí, na fazenda, analisando as ferramentas disponíveis, ou seja, suas aplicabilidades, custos e resultados, o objetivo passa a ser buscar o padrão estabelecido lançando mão da melhor relação benefício x custo possível.

    Grande abraço

    Fabiano

  20. Junior cavalli disse:

    Parabéns André !! Muito bom e esclarecedor esse texto!! Poucas vezes li um texto tão esclarecedor e baseados em dados tão explicativos !!

  21. Kaju disse:

    Andre
    Elogiavel tua didatica forma de apresentar o assunto castraçao contextualizando com nossa conjuntura economica da atividade.
    Sugestao de pauta para o Beefsummit 2015- Tendencia inexoravel da maior tributaçao ao patrimonio
    Abs
    Kaju

  22. Luciano Simão disse:

    André parabéns pelo Artigo.
    Outro problema do boi castrado é o menor rendimento de carcaça.
    Em um experimento com bois Nelore / Angus em confinamento obtivemos um rendimento de carcaça 1,87 % abaixo nos animais castrados quimicamente.

  23. José aquino rosso disse:

    Parabéns Andre. Tenho fazendas em sp Paraná e para. Em sp e Paraná depois de muitos anos parei de dar murro em ponta de faca,isto é,parei de castrar ano passado,pois a diferença é exatamente 1.7@ por boi terminado e querem me pagar apenas 2,00 p @ a mais aqui. Infelizmente o mercado ainda premeia muito pouco pela qualidade,a não ser em raras exceções . No Pará pagam a mesma coisa p castrado ou inteiro. Um dia isso deve mudar, mas até la? Abs.

  24. Jairo Eder a Sales disse:

    Obrigado por meda essa oportunidade de ler e comentar esse artigo frase sábia.. Retirar mais @ de cada sectária sem danificar a natureza … Sendo que muitos degrada destrói para beneficio financeiro

  25. José Lemos Monteiro disse:

    Verdade André. Infelizmente a indústria acredita q o produtor ñ sabe fazer contas. A indústria também ñ foi capaz de dizer o ph da carne de novilho inteiro Branguns de 24 meses?

  26. Neimar Urzedo disse:

    Parabéns André,
    Fantástica a análise e síntese.
    Para mim esse assunto já era caso encerrado… Acho que vc não vai ter nenhuma crítica.
    Aqui no MT já algum tempo não se usa mais essa pratica.
    Quando combinamos capim com grão, os números são outros.
    Tecnologia temos de sobra, o desafio é saber combinar tudo o que está disponível dentro dos nossos mais variados sistemas de produção em busca da intensificação.
    Afinal, quem paga a conta são quantas @s produzimos/ha/ano… Sempre preservando margem!

  27. francisco abrao disse:

    parabens pelo texto!!,eu ja nao castro garrotes a10 anos,a diferenca acaba nao sendo apenas as 150 a 200grs/dia .no frigorifico o boi inteiro rende 2% no minimo a mais que bois castrado.eu tenho produzido bois confinados inteiros com 20 a 24 meses com media de 19 @,garanto que tem melhor qualidade tanto de acabamento quanto de macies ,doque um boi de 3 a 4 anos castrado que seria o gado que o brasil come atualmente. abco

  28. ALEX GUAITOLINI disse:

    Muito bom Andre. A empresa Fazenda, assim como as demais empresas, exige profissionalismo, acabou a mamata do melhor negócio do mundo, quando da época do meu pai ou meu avô. Tenho uma visão semelhante quanto ao futuro da nossa nação.. É inevitável. PARABÉNS PELA CLAREZA E POR COMPARTILHAR AS IDEIAS.

  29. Sérgio Henrique disse:

    Parabéns aqui em Goiás onde temos propriedade e canivete se usa apenas para abrir saco se sal mineral. Quanto ao negócio imobiliário vai ficar difícil .

  30. LUIZ ANTONIO PELATTI disse:

    André, parabéns, mais claro e objetivo impossível, precisamos que esse assunto tal qual você o pontua seja tratado com toda a ênfase, precisamos encontrar uma solução que coloque frigoríficos e produtores na mesma direção. A palavra parceria precisa evoluir na mente dos dois lados da cadeia, só assim teremos a tão desejada pecuária do futuro.

  31. Marcio A. Roberto disse:

    Excelente e ótimo o ponto de vista e a abordagem do texto, André!
    Parabéns!
    Realmente também não recomendo castrar por questões óbvias…

  32. Fernando Tamborlim Ferreira disse:

    Parabéns, pelo conteúdo e clareza na exposição
    Fernando Tamborlim Ferreira
    Naviraí/MS

  33. luiz carlos lyra disse:

    É isso mesmo ,ja castrei ao nascimento,um ano,dois anos com canivete e bopriva .A melhor rentabilidade é não castrar,então produto melhor tem que valer mais.

  34. Ivan disse:

    Discordo com a complacência “bovina” em relação a aumentos de impostos,como se fosse correto e usando exemplos de outros países e deixando a entender que o certo e´copiá-los! Isto e´aceitar um intervencionismo brutal na vida economica de todos,que ficarão nas mãos de poucos ,que no caso do Brasil será a brilhante classe política.E qual o estímulo para trabalhar ,desenvolver e depois entregar tudo para o Governo, “doar” da forma que quiser ,fazendo política para se manter no poder!!

  35. Affonso Saldanha disse:

    André
    Muito obrigado pelo texto. Muito claro e objetivo. Valeu cada minuto gasto na leitura.
    Tenho a mesma linha de raciocínio tanto para a questão da castração quanto para a taxação futura sobre a propriedade.
    Mantenha-se ativo na escrita de tão bons artigos. Precisamos deste alto nível de debate !!
    Forte abraço.
    Affonso Saldanha
    Ponta Grossa/PR

  36. Rafael Ruzzon disse:

    Grande André!

    Como sempre, claro, objetivo e com uma visão pró-ativa.

    Bateu o martelo no assunto.

    Abraço

  37. THIAGO disse:

    Excelente artigo,parabéns!!

  38. Erick.Ayer disse:

    Parabéns pelo texto André, com a diminuição da idade para o abate, isso é de suma importância.
    Mas não devemos esquecer que para que se tenha ótimos resultados, deve se qualificar os colaboradores e investimentos no solo como se fazem os Agricultores.
    Partindo desta primissa, vemos pouco investimento no setor pessoal e muitas propriedades incapazes de terminarem seus animais , por falta de investimentos.
    Quanto ao Boi inteiro, todo Pecuária capaz e que prima pelo bom manejo , tem se mostrado eficaz e terminando seus animais como os que adotam técnicas ultrapassadas.
    É uma pena isso , pois a eficiência ainda é para poucos.
    Falo com convicção, pois fui Gerente de Fazendas e Comprador de Bois Para Frigorífico.
    Vi um comentário do Valter Magalhães , no tempo que estive em Frigorífico, observei que este sim sabia o que estava fazendo.

  39. antonio cesar martins disse:

    André, eu nasci e fui criado no meio dos bovinos vendo aparte, marcação, castração, descorna, vacinações e outras arrojadas, mas a 32 anos crio búfalos por isto eu já tenho com baixo custo este maior ganho de @ por ha que é o grande desejo do criador de bovinos, facilmente aprontamos animais com 12, 15, 18 meses com 200 kg à mais de carcaça, mas vamos falar de castração. Meu filho veterinário fez por dois anos seguidos experiencia nos búfalos com castração química, cirúrgica, burdizzo e grupo controle. Obviamente o grupo controle sofreu mínimo estres, depois o grupo burdizzo, depois o químico e por último o grupo da faca. Os búfalos não apresentam estímulo sexual antes dos 22 – 24 meses, por isso não uso castrá-los mas alguns que já castrei nota-se mais tranquilidade especialmente se houver fêmeas por perto e talvez sim ou não por coincidência, mostravam mais posterior e outro problema é que muitos frigoríficos rejeitam ou fazem desconto para animais inteiros. Me parece que por enquanto estas decisões são de cunho regional, pessoal e de acordo com espécie e raça. Mas conhecer as opções de custos e resultados é importantíssimo.
    Antonio Cesar
    Lages sc

  40. Josmar Almeida Junior disse:

    Parabéns André pelo excelente artigo, entretanto concordo com o Fabiano Rosa sobre o contexto que essa discussão deve ser abordada, e não sou do meio frigorífico não.

    Considere alguns fatores:

    – maior ganho de peso individual, mas em termos globais (rebanho da categoria) este ganho se mantêm ?
    – atualmente a pecuária se intensifica, o que fatalmente irá demandar maior lotação e probabilidade de sodomia, ou a impossibilidade de aproximar categorias nas áreas de pastagens.
    – lotes “mancos” de animais sodomizados na propriedade, exigindo maior atenção de mão de obra, ou manutenção de cercas e estruturas.
    – e no final, o consumidor, o REI do processo.
    – por quantas vezes aqui houve discussão sobre o caroço de algodão dando gosto na carne.

    Pessoalmente acredito que há outros fatores nesse processo, como por exemplo a conservação da carne pela logística das empresas frigoríficas e açougues, mas não podemos negligenciar a possibilidade de que carne de animais inteiros participe disso.

    Parabéns pela excelente exposição de todos seus artigos, os quais sempre acompanho.

    Abraço.

  41. Eriklis nogueira disse:

    Parabéns pelo texto. Muito lúcido e atual. Nos leva a uma Reflexão obrigatoria e necessária!

  42. Alexandre Benvindo Fernandes disse:

    Satisfação em fazer essa leitura. Parabéns!

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