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Parcerias pecuárias – II

Abordarei neste artigo a parceria da novilha e da vaca, animais em estágio de reprodução.

Para um entendimento mais apurado da forma como as parcerias acontecem na prática, apontarei algumas observações relacionadas à reprodução.

Dois aspectos são fundamentais a ser observados:

* Estágios de reprodução em que se encontram os animais:

– Nulíparas: fêmeas que ainda não conceberam ou emprenharam.
– Primíparas: fêmeas que obtiveram a primeira cria.
– Multíparas: fêmeas em reprodução depois do primeiro parto.

Esta classificação é necessária para se entender as porcentagens nas parcerias com reprodutoras.

* Capacidade de concepção: é a capacidade que o animal, em determinado estágio de reprodução, tem de emprenhar.

Estes dois aspectos estão relacionados e influenciam no acerto do contrato de parceria.

Os estágios de reprodução em que se encontram os animais possuem taxas de concepção e reconcepção diferentes, o que influencia sua capacidade reprodutiva.

A nulípara ou novilha antes do primeiro enxerto, tem alta taxa de concepção.

Para entender a parceria da primípara é necessário estar ciente de que a taxa de reconcepção do animal, neste estágio reprodutivo, é, na maioria das vezes, baixa, principalmente em rebanhos comerciais.

A parceria com primíparas se dá na seqüência da recria das bezerras ou quando a parceria dura mais de um ciclo reprodutivo.

Não é muito comum ocorrer a parceria na seqüência da recria, quando for apenas por mais um ciclo reprodutivo. Neste caso, utiliza-se porcentagem compatível com a taxa de reconcepção.

Usualmente utilizam-se porcentagens ao redor de 18% ao ano, em rebanhos comerciais, quando não é utilizado o toque para verificar a taxa de reconcepção.

Assim, para cada 100 primíparas dadas em parceria pelo parceiro investidor ao parceiro criador, ele recebe 18 bezerros machos desmamados no final do ciclo produtivo, ou seja, na desmama.

Esta porcentagem pode variar para mais ou para menos de acordo com a taxa de reconcepção verificada através de toque retal.

Nas categorias subseqüentes, usualmente, utiliza-se porcentagem maior, pois normalmente sua taxa de reconcepção é maior.

Muitos contratos de parceria de vacas reprodutoras são baseados em 25 bezerros machos desmamados por ano, entregues pelo parceiro criador, para cada 100 vacas dadas em parceria pelo parceiro proprietário.

Esta quantidade de bezerros pode subir para 30 bezerros machos desmamados, no caso dos touros utilizados no rebanho pertencerem ao parceiro investidor ou proprietário.

Obviamente, estes números podem variar, levando-se em conta a qualidade do rebanho dado em parceria, conceito do parceiro criador perante o parceiro proprietário, capacidade administrativa do parceiro criador, localização da propriedade, regras de manejo utilizadas no sistema produtivo, dentre outros.

Ultimamente, com a baixa rentabilidade dos rebanhos comerciais de corte, estas porcentagens vêm sofrendo pressões baixistas.

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