Paraguai: Surge preocupação com maior concentração de frigoríficos

A multinacional Athena Foods (Minerva SA) confirmou ontem através de comunicado que uma de suas empresas firmou um “contrato de prestação de serviços” com o frigorífico localizada em Pedro Juan Caballero, conhecida pela FrigoNorte, por um período de um ano .

No entanto, não oficialmente no setor pecuário, espalhou-se como um “arrendamento” e o fato causou preocupação, pois aumentará ainda mais a concentração de abate de gado realizada por frigoríficos da capital brasileira, segundo Fernando Serrati, presidente da Associação de Produtores e Exportadores de Carnes do Paraguai (Appec).

De acordo com os dados manipulados pelo item, a referida unidade da FrigoNorte voltaria a abater gado a partir de julho.

Serrati explicou ontem à ABC que dos 171.000 bovinos abatidos em maio, 75.800 correspondem à Athenas Foods e outros 32.400 ao frigorífico da Concepción, que soma 108.200 cabeças monopolizadas por indústrias com capital brasileiro.

A FrigoNorte abateu cerca de 130.000 cabeças em 2019, ou seja, cerca de 8.000 por mês, em média, um número que seria acrescentado à Athenas Foods. “Este contrato para ser válido deve passar pela Conacom (Comissão Nacional da Concorrência) e essa instituição deve ser questionada pelo Senado, precisamente em relação à posição dominante na compra de gado por uma empresa”, acrescentou.

“Assim como acontece no setor de geração de energia elétrica, no setor pecuário, que também é um dos pilares da nossa economia, estamos perdendo a soberania”, afirmou Serrati, acrescentando imediatamente que, se as notícias se materializarem Seria catastrófico, pois estaríamos enfrentando uma posição muito mais letal, que terminará com o abuso dessa posição, causando mais danos ao setor produtivo. A Appec usará todos os recursos legais possíveis para acabar com essa loucura”, exclamou.

Fonte: Color abc, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.