Buscando acompanhar a estratégia do Brasil e melhorar o estado de saúde do país, na terça-feira, as autoridades do Paraguai apresentaram ao Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul (CVP) um plano que busca parar de vacinar o rebanho contra a febre aftosa.
O presidente do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa), José Carlos Martin, disse ao jornal ABC do Paraguai que a estratégia “define um cronograma de redução gradual da vacinação, que já passou de três campanhas por ano para duas; e a meta é diminuir primeiro para 1,75 por ano, depois para 1,25 por ano e atingir apenas 1 por ano. “
Além de não haver prazo definido para deixar a vacina, o país pretende alcançar o status de livre de febre aftosa sem vacinação a médio ou longo prazo, sempre “seguindo os parâmetros estabelecidos no Plano Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa”.
O presidente do Senacsa explicou à mídia paraguaia que o mecanismo “não será fácil, porque envolverá o desenvolvimento de um processo para fortalecer a vigilância epidemiológica e a descoberta de novas ferramentas para financiar a entidade, cujos recursos, 50% são provenientes da vacinação anti-aftosa”.
Um dos aspectos que impulsionou a medida foi a decisão do Brasil, há muito tempo, de trabalhar para eliminar a vacina no país e já ter decidido parar de vacinar em alguns estados, incluindo Mato Grosso do Sul, que tem centenas de quilômetros de fronteira com o Paraguai.
Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.