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Pará lança primeiro sistema estadual de rastreabilidade agropecuária

O Pará é o primeiro Estado do país a implementar um sistema público de rastreabilidade da cadeia de produção agropecuária. O lançamento oficial da plataforma SeloVerde ocorreu nesta segunda-feira. 

A ferramenta conta com dados cartográficos a partir dos quais será possível avaliar a conformidade ambiental das propriedades rurais e implementar a rastreabilidade dos fornecedores diretos e indiretos de gado e dos produtores de soja no território paraense. 

Segundo o governo do Estado, o objetivo do sistema é dar visibilidade à carne e à soja produzidas dentro da lei e também abrir oportunidade de regularização a produtores que têm passivos ambientais. O SeloVerde deve auxiliar na regularização fundiária e ao oferecer um banco de dados geográficos integrado, com informações da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), do Instituto de Terras do Pará (Iterpa) e da Agência de Defesa e Agropecuária do Pará (Adepará). 

A plataforma é uma resposta à crescente preocupação de investidores e compradores de commodities de serem associados ao desmatamento, diz o governo do Estado. “Apesar de somente 15% dos imóveis rurais na Amazônia apresentarem desmatamento após 2008, a maioria dos produtores têm dificuldade em comprovar”, afirma o governo, em nota. 

A SeloVerde, que se baseia em tecnologias de processamento paralelo, big data espacial e elementos de inteligência artificial, é fruto de uma cooperação entre o governo paraense e o Centro de Inteligência Territorial (CIT), instituição de ciência e tecnologia sem fins lucrativos. Para o desenvolvimento da plataforma em questão, o Centro de Inteligência Territorial fez uma parceria com dois laboratórios, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): o Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) e o Laboratório de Gestão de Serviços Ambientais (LAGESA).

“A plataforma foi criada para premiar o produtor que faz certo e permite ao que desmatou entender o tamanho do problema para se regularizar e voltar ao mercado. Para o desenvolvimento da plataforma foram aplicadas ”, diz Raoni Rajão, professor da UFMG e coordenador da LAGESA.

Fonte: Valor Econômico.

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