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Para 2022, especialistas projetam maior produção de carne e alta nos custos

Com base no reaquecimento do mercado pecuário brasileiro por conta da demanda interna, a projeção é de uma leve alta na produção de carne bovina para o próximo ano, associada a uma alta de custos na produção.

Essa foi uma das principais conclusões do webinar “Perspectivas da Produção de Carne Bovina no Brasil”, realizado na semana passada (17/11) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

O webinar contou com a participação de especialistas do agronegócio brasileiro do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); confira no final do texto o link para o evento.

“Em 2019 que a gente atingiu um pico de abates e em 2020 a gente tem uma queda após três anos de crescimento. E em 2020 também foi o menor abate desde 2011. Iniciamos um ciclo de alta da pecuária e observando o preço do bezerro batendo recordes. Isso leva a uma retenção de fêmeas”, diz a Angela Lordão, gerente de Pecuária do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo essa perspectiva de maior retenção de fêmeas, a produção de bezerros se eleva no ano que vem, influindo numa maior produção.

“A gente observa o aumento no número de bezerros, fruto dessa retenção de fêmeas, mas eu acredito que oferta ainda vai estar reduzida nos próximos meses até o início do ano que vem”, diz Angela.

Custos também em alta

Apesar de uma projeção de safra positiva para o ano que vem, sobre a safra estimada em 289,8 milhões de toneladas de grãos – 14,7% ou 37 milhões de toneladas superior ao obtido em 2020/2021 – outros custos deverão pressionar mais o pecuarista, como os minerais fosfatados.

“Sem fosfato na pecuária, você não produz. O impacto dele nos custos de produção são altos. É um dos itens de maior custo”, disse Sérgio De Zen, diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Dipai/Conab).

Preços do boi gordo mais acomodados

Rafael Ribeiro, assessor técnico de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), traçou um panorama de preços melhores para a arroba do boi gordo em 2022, no entanto, não tão expressivos como os observados em anos anteriores.

“Considerando o cenário de aumento no abate e na produção, um mercado doméstico ainda patinando e uma expectativa de exportação positiva, mas talvez não como foi em 2020, temos um cenário de mercado mais calmo. Porém, não acredito que os preços retornem aos patamares de 2019 e 2020. O produto deve seguir mais alto, mas com acomodação em 2022”, diz Rafael.

Fonte: Portal DBO.

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