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Papéis da Marfrig têm valorização expressiva

O entusiasmo dos executivos da Marfrig Global Foods com os impactos do aumento da demanda da China por carnes funcionou como uma injeção de ânimo aos investidores. Na bolsa, a companhia ganhou R$ 311 milhões em valor de mercado ontem. As ações subiram 6,85%, maior alta do Ibovespa. O índice registrou retração de 1,75%.

“Os eventos na China são realmente impactantes no comércio global de proteínas e altamente positivos para nós”, disse o empresário Marcos Molina, fundador e presidente do conselho de administração da Marfrig, durante teleconferência com analistas.

Em parte devido ao otimismo gerado pelo surto de peste suína africana na China, que está ampliando as exportações e o preço médio das carnes, a Marfrig divulgou na noite de quarta-feira projeções ambiciosas para 2019. A expectativa da empresa é que sua receita líquida fique entre R$ 47 bilhões e R$ 49 bilhões no ano.

“Isso significa uma média de R$ 12,6 bilhões por trimestre, o que é 23% acima da média dos últimos dois trimestres”, avaliou o BTG Pactual em relatório assinado pelos analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin. Além disso, a meta da Marfrig de gerar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão em caixa livre em 2019 implica uma geração de caixa de R$ 2,7 bilhões entre abril e dezembro, segundo os analistas do BTG. No primeiro trimestre, a empresa teve fluxo de caixa negativo de R$ 1,4 bilhão.

De acordo com uma fonte da indústria frigorífica, as projeções da Marfrig são “agressivas” e difíceis de cumprir, mas os investidores do país estão propensos a confiar nas promessas da companhia devido à demanda chinesa.

Desde abril, as ações dos frigoríficos brasileiros que fazem parte do Ibovespa – JBS, Marfrig e BRF – vem se valorizando graças à peste suína africana na China. Com isso, essas empresas vêm destoando do comportamento geral da bolsa brasileira, que sofre com os impactos negativos do guerra comercial entre China e EUA – que reduz o apetite por ativos de risco – e também com a dificuldade de articulação política do governo Bolsonaro.

Nesse cenário, as ações da Marfrig subiram 14,6% desde abril. No ano, a alta acumulada é de 25,5%. No caso da JBS, a valorização é ainda maior – de 42,5% desde abril e 95,8% em 2019. Os papéis da BRF, por sua vez, subiram 41,6% desde abril e 46,2% no acumulado do ano .

Fonte: Valor Econômico.

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