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Pantanal tem 85% da vegetação original preservada

Levantamento realizado por cinco ONGs (Organizações Não-Governamentais), que contou com a consultoria da Embrapa Pantanal, concluiu que 85% da vegetação nativa do Pantanal está intacta. O estudo foi iniciado no segundo semestre do ano passado e está em fase de finalização.

Levantamento realizado por cinco ONGs (Organizações Não-Governamentais), que contou com a consultoria da Embrapa Pantanal, concluiu que 85% da vegetação nativa do Pantanal está intacta. O estudo foi iniciado no segundo semestre do ano passado e está em fase de finalização.

As ONGs responsáveis pelo levantamento foram a WWF-Brasil, SOS Mata Atlântica, Conservação Internacional, Avina e Ecoa, que contataram a empresa ArcPlan para a execução do mapeamento. Seis pesquisadores da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atuaram como consultores técnicos.

A quantificação de 85% de área conservada pode até aumentar na finalização do estudo. Há um percentual de áreas alteradas no Pantanal que ainda não foi devidamente processado pelo levantamento. Essas áreas podem ter sido alteradas por ação antrópica (do homem) ou representarem variações naturais e não significam, necessariamente, desmatamento.

De acordo com o pesquisador Carlos Padovani, o grupo da Embrapa Pantanal forneceu dados, informações e conhecimento técnico sobre a planície pantaneira. “São pesquisadores com pelo menos 15 anos de experiência na região. Validamos a metodologia empregada pela ArcPlan, transferimos dados de campo e levantamentos prévios, ajudamos na interpretação de imagens de satélite e na definição de classes de alterações da vegetação”, afirmou.

O levantamento comprova que a pecuária extensiva tradicional praticada no Pantanal desde 1737 contribuiu para a conservação ambiental da região, que hoje representa o ecossistema com melhor índice de conservação do país. “A grande maioria dos pecuaristas tradicionais do Pantanal utiliza a vegetação nativa para alimentar o rebanho, fazendo o manejo adequado, adaptado ao ciclo de cheia e seca, que garante a sustentabilidade da atividade a longo prazo”, diz o pesquisador.

Planalto

O levantamento também recuperou dados sobre alterações na vegetação na chamada parte alta da Bacia do Alto Paraguai. Nesta área, adjacente ao Pantanal, a situação é preocupante: 40,3% da vegetação natural já foi alterada.

No planalto se localizam as cabeceiras dos rios responsáveis pelos ciclos de cheia e seca do Pantanal. Essas alterações na vegetação da parte alta refletem na planície. “Existe uma relação de causa e efeito. No planalto o desmatamento provoca processos erosivos, que causam no Pantanal o assoreamento e a inundação de áreas que antes não alagavam. O maior exemplo é o caso do rio Taquari”, afirmou Padovani.

A Embrapa Pantanal vem monitorando todas essas situações. No caso do Taquari, todo o conhecimento técnico foi repassado ao Poder Público para subsidiar políticas de recuperação do rio, que estão em vias de implementação.

As informações são da Embrapa Pantanal, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

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