Na semana da cúpula sobre mudança climática organizada por Joe Biden, alguns países correm para reforçar suas credenciais verdes, antes de os EUA anunciarem suas novas metas.
O Canadá, em seu plano orçamentário do atual ano fiscal, estabelece a meta de redução das emissões de carbono em 36% abaixo dos níveis de 2005 até o fim da década. O compromisso anterior era um corte de 30%.
O governo canadense também anunciou que fará a emissão do primeiro bônus verde neste ano (com o qual espera arrecadar US$ 3,9 bilhões) para custear projetos de combate à mudança climática.
Também o Reino Unido planeja anunciar um compromisso mais ambicioso de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa em 78% em 2035 (comparado os níveis de 1990), segundo o “Financial Times”. A promessa anterior, que já era uma das mais altas do mundo, era de um corte de 68%.
O cumprimento da nova meta exigirá mudanças na maioria das atividades no país: um sistema elétrico que opere sem gerar emissões de carbono; redução no consumo de carne e laticínios; introdução de sistemas de aquecimento com baixo teor de carbono nas residências; e plantar mais florestas.
Na sexta-feira, o presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, aprovou o compromisso climático do país de reduzir em 75% as emissões em 2030. Mas desse total, 72,29% dos cortes estão condicionados ou dependem de ajuda internacional.
No fim de março, a Irlanda aprovou um plano para que as metas de redução de emissões se tornem lei e coloca o país no caminho da neutralidade de carbono até 2050. Pela proposta, a Irlanda se compromete a cortar suas emissões em 51% entre 2018 e 2030 e alcançar a neutralidade em 2050. O governo está pressionando o Parlamento para que trate o projeto de lei como matéria prioritária
Fonte: Valor Econômico.