OIE quer controlar barreiras não tarifárias

A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), agora presidida pelo uruguaio Carlos Correa, impulsiona o cumprimento dos códigos sanitários que se aprovam entre os países membros e criou um mecanismo para solução de controvérsias, frente ao crescimento de possíveis novas barreiras não tarifárias, que se escudam em aspectos sanitários.

Correa explicou ao El País que esse mecanismo de solução de controvérsias consiste em um procedimento interno de mediação, voluntário para ambas as partes no conflito. “É um processo de índole científica, baseado em um painel de especialistas, que pode ser utilizado com alternativa ou precursor de processo da Organização Mundial do Comércio (OMC)”.

Por outro lado, a OIE busca exportar o modelo de luta contra a febre aftosa e, principalmente, de alta vigilância que está sendo implementado com êxito na fronteira de Argentina, Brasil, Bolívia e Paraguai, “o que demonstra uma consolidação da situação na região e que pode servir para se aplicar em outras regiões do mundo”.

Ao longo dos anos, o Uruguai teve um papel fundamental em seu trabalho dentro do organismo internacional, ao ter a visão de “manter uma política estável e ativa durante 20 anos”, o que permitiu alcançar “um rol de protagonistas em termos de suma importância para o comércio internacional de animais e produtos de origem animal”.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.