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Oferta continua muito restrita e boi flutua num mercado esvaziado

Nesta terça-feira (17/11), os frigoríficos de São Paulo conseguiram derrubar um pouco o preço do boi gordo, após tentativas frustradas observadas no primeiro dia da semana. Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, a arroba caiu R$ 3/@ nas praças paulistas, para R$ 287/@, valor bruto e à vista. “O fluxo de boiadas ocorre paulatinamente, sinal da oferta restrita e da queda de braço entre pecuaristas e indústrias frigoríficas”, observa a Scot.

Ao longo desta terça-feira, a pressão de baixa foi observada em 18 das 32 praças pecuárias pesquisadas pela Scot.

A IHS Markit também detectou queda no valor do boi em São Paulo e também em algumas outras praças brasileiras. “As indicações de preços foram nominais em função de um dia esvaziado pela fraca atuação de ambas as pontas”, relata.

Segundo a IHS, hoje foi confirmado a paralisação temporária (férias coletivas) de plantas frigoríficas situadas em importantes regiões pecuárias País, devido à enorme dificuldade em comprar bons lotes de gado gordo. “Além disso, mesmo que o preço da carne tenha registrado consecutivas altas, a velocidade de transmissão do repasse de custo da indústria não foi suficiente para mitigar o efeito dos preços recordes da boiada gorda, visto que há relatos de plantas operando com margens negativas”, acrescenta a IHS.

O pecuarista também anda cauteloso, continua a consultoria, já que, com o atraso das chuvas neste ano, alguns produtores optaram por retirar o gado do pasto e fazer a terminação dos animais no cocho. “Os elevados preços das principais rações (milho e farelo de soja) faz com que a ponta vendedora peça preços maiores pelos lotes a fim de cobrir os elevados custos de engorda”, justifica a IHS.

Na avaliação da consultoria, a oferta de boiada gorda não dá sinais de recuperação no curtíssimo prazo, uma vez que a estiagem prolongada nas regiões pecuárias vai atrasar a entrada de animais terminados no pasto, devendo comprometer até mesmo aquelas ofertas que chegariam ao mercado no início de 2021 (nos meses de janeiro e fevereiro).

No atacado, os preços dos principais cortes bovinos continuaram estáveis. “Apesar da inconsistência das vendas, a baixa oferta de mercadoria em função da irregularidade dos abates diários mantém suporte aos preços”, avalia a IHS.

Confira as cotações desta terça-feira, 17 de novembro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 271/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 272/@ (à vista)
vaca a R$ 264/@ (à vista)

MS-C. Grande:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 279/@ (prazo)
vaca a R$ 262/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 272/@ (prazo)
vaca a R$ 261@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 271’@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 263/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 275/@ (à vista)
vaca a R$ 264/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 267/@ (à vista)
vaca a R$ 256/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca R$ 266/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 271/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 281@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 281/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 258/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 258/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 273@ (prazo)
vaca a R$ 263/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 273/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 262@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 273/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 261@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (à vista)

Fonte: Portal DBO.

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