Mercado Físico da Vaca – 10/03/09
10 de março de 2009
Mercados Futuros – 11/03/09
12 de março de 2009

O papel do músculo na saúde e nas doenças – Parte 2/2

A importância da manutenção da massa muscular e funções físicas e metabólicas em idosos é bem reconhecida. Menos estimados são os diversos papéis dos músculos durante a vida e a importância dos músculos na prevenção de algumas das mais comuns e cada vez mais prevalentes condições clínicas, como obesidade e diabetes. É, portanto, imperativo que esses fatores diretamente relacionados aos músculos sejam incluídos nos futuros estudos designados a demonstrar comportamentos ótimos através da vida, incluindo atividade física e dieta.

Músculos e osteoporose

A força mecânica nos ossos é essencial para a modelagem e remodelagem, processos que aumentam a força e a massa dos ossos (47). Embora o peso corpóreo e exercícios de levantamento de peso forneçam uma força mecânica direta nos ossos, maiores cargas voluntárias nos ossos vêm das contrações musculares (47). As correlações entre a força de pressão e a área óssea, teor mineral ósseo e densidade mineral óssea em atletas saudáveis (48) e pacientes com derrame (49) suportam a noção de que as contrações musculares têm um papel significante na força e massa dos ossos. Mesmo a correlação entre peso corpóreo e massa óssea (47) pode ser explicada com base na força exercida nos ossos pelas contrações musculares, uma vez que é necessária mais força por unidade de área para mover corpos mais pesados. Além disso, mudanças na massa óssea e força muscular estão relacionadas à expectativa de vida (47). Apesar de ser discutível se é a força muscular ou simplesmente a massa muscular que é importante na determinação da força e massa dos ossos, foi significante que a massa muscular esquelética esteve positivamente correlacionada com o teor mineral e a densidade mineral dos ossos no MINOS (Mediterranean Intensive Oxidant Study), um estudo prospectivo de osteoporose e seus determinantes em homens (50). Homens com menos massa muscular esquelética também tiveram maiores riscos de queda devido a um equilíbrio estático e dinâmico prejudicado, presumivelmente pelo menos em parte por causa de um decréscimo na força muscular (50).

Assim, a manutenção de uma força e densidade óssea adequada com o envelhecimento é altamente dependente da manutenção de uma massa e função muscular adequadas. Assim, a importância dos músculos na prevenção da osteoporose é clara.

Papel da nutrição na perda muscular

As seções anteriores mostraram os papéis variados e essenciais da massa muscular e funções físicas e metabólicas dos músculos na saúde e nas doenças. Apesar disso, esses fatores raramente são pontos principais de estudos usados como base para as recomendações dietéticas. Por exemplo, na seção extensiva de recomendações para ingestão de proteínas por adultos do Dietary Reference Intakes (DRIs), do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) (62), não existe consideração de que a massa e as funções físicas e metabólicas dos músculos são essenciais. Ao invés disso, a determinação da ingestão recomendada de proteínas por adultos nos DRIs são totalmente baseadas em meta-análises de medidas de balanço de nitrogênio (62). O uso do balanço de nitrogênio pode ser bem apropriado para estabelecer os requerimentos de nitrogênio ou de aminoácidos necessários para prevenir deficiência, mas é provavelmente inadequado para estabelecer ingestões que são ótimas para maximizar a massa muscular, a força e a função metabólica dos músculos. Isso porque os indivíduos podem se adaptar às ingestões sub-ótimas de proteínas reduzindo a excreção de nitrogênio.

Em um exemplo extremo de inanição no Gueto de Varsóvia, indivíduos com inanição foram basicamente capazes de manter o balanço de nitrogênio até um pouco antes da morte reduzindo bastante sua excreção de nitrogênio, ainda que obviamente nem sua ingestão de substratos de energia nem de proteínas estivessem próximos ao ótimo (8). Além disso, não existe relação necessária entre balanço de nitrogênio e qualquer variável na massa ou função muscular. As ingestões diárias recomendadas de aminoácidos individuais também foram consideradas nos DRIs. Essas recomendações foram baseadas em estudos de destino metabólico dos aminoácidos individuais. Apesar de este procedimento poder produzir valores precisos para requerimentos de aminoácidos, esses valores têm pouca relevância para a ingestão total de proteínas. Isso porque a ingestão recomendada da maioria dos aminoácidos limitantes pode ser obtida com a ingestão de proteína bem abaixo do requerimento médio estimado de proteína (0,66 g por quilo por dia) (62).

Existem medidas diretas de composição corpórea, como potássio corpóreo total ou medidas de massa muscular magra que são melhores reflexos da massa muscular do que os estudos de balanço de nitrogênio porque o balanço de nitrogênio somente mede mudanças ou estabilidade na massa muscular e não se a massa total está funcionalmente ótima. Apesar disso, estudos de composição corpórea não têm sido utilizados para formular recomendações dietéticas de ingestão de proteínas. De qualquer forma, o reconhecimento dos efeitos da dieta na massa muscular é menos importante para adultos do que são os efeitos dietéticos nas funções físicas e metabólicas dos músculos. A ausência de uma relação direta entre a massa e a força muscular tem sido mostrada em uma variedade de estudos (63). Como descrito anteriormente, somente em casos graves de caquexia e sarcopenia a perda de massa muscular, per se, afeta diretamente a saúde. As funções físicas e metabólicas dos músculos são mais importantes no dia a dia normal. Por exemplo, em um estudo longitudinal com 1071 homens, menor força foi associada com sobrevivência (64). A importância das funções físicas dos músculos como um indicador do status nutricional é bem estabelecida. Uma série de estudos que usou estímulo elétrico no músculo abdutor do polegar mostrou que, em situação de desnutrição, uma maior fadiga e padrões alterados de contração muscular precedem mudanças no peso corpóreo e composição (65). Apesar de a função física do músculo estar sendo avaliada em circunstâncias isoladas para determinar a adequação da ingestão dietética em pacientes hospitalizados (65), essa variável nunca tinha sido visada como um ponto relevante para as recomendações dietéticas em populações.

As recomendações dietéticas nos EUA têm se baseado bastante em estudos epidemiológicos, com o Estudo da Saúde de Enfermeiras (66) e o Estudo da Saúde de Médicos (67). Esses estudos não consideraram diretamente qualquer variável da massa ou função muscular como um ponto relevante. Ao invés disso, as recomendações que surgem destes estudos têm sido feitas visando minimizar os riscos de doenças o que, em muitos casos, afeta somente uma pequena porcentagem da população. Assim, apesar de doenças cardíacas, câncer, derrame e diabetes serem responsáveis por uma alta porcentagem de morte por doenças em pessoas com menos de 65 anos de idade, 82% das pessoas nos EUA vivem mais que isso (68). Dessa forma, quando expressas como uma porcentagem de pessoas por ano menores de 65 anos que morrem de doenças particulares, os valores são pequenos. De fato, somente 0,11% das pessoas com menos de 65 anos morrem de câncer, doenças, cardíacas, derrame e diabetes combinados (69,70). Além disso, em muitos casos, as conclusões têm sido baseadas em substitutos como concentrações de lipídios que podem prever, com precisão variável, o desenvolvimento de doenças ao invés da ocorrência real da doença. Esse ponto em particular é relevante para as recomendações de ingestão de proteínas. Como as recomendações dietéticas são bastante pesadas visando a redução de ingestões de gordura saturada, as ingestões recomendadas de fontes de proteínas, como carnes vermelhas, têm decrescido por causa da associação entre ingestões de proteínas e gorduras saturadas (71). Assim, as recomendações para reduzir as ingestões de proteínas têm sido feitas aparentemente sem consideração dos efeitos na massa e função dos músculos.

A consideração de fatores que podem levar ao desenvolvimento de doenças importantes é razoável quando se formula recomendações dietéticas. Ao mesmo tempo, é também razoável considerar o bem-estar da maioria das pessoas, que não apresentam essas doenças antes dos 65 anos de idade. Além dos 65 anos, a depleção da massa, força e função metabólica dos músculos é um ponto claramente importante a ser considerado quando se desenvolve recomendações dietéticas e de estilos de vida. Estima-se que a sarcopenia ocorre em 30% dos indivíduos de mais de 60 anos (72). Além disso, muitas das diversas funções dos músculos descritas anteriormente são centrais para a saúde geral em todas as idades. Não é impraticável considerar massa, força e função metabólica dos músculos no desenvolvimento de guias futuros de dieta e atividade física. A massa pode ser razoavelmente estimada por determinações de massa corpórea magra e a força pode ser medida diretamente. A função metabólica dos músculos pode ser avaliada determinando a sensibilidade à insulina (73).

Implícito no argumento de que a manutenção da massa muscular e, em particular, a otimização das funções físicas e metabólicas dos músculos devam ser consideradas na formulação de guias dietéticos é a noção de que as recomendações seriam mudadas se estes fatores fossem considerados. Evidências disponíveis que suportam diretamente esta noção são limitadas devido à falta de estudos especificamente voltados a essa suposição. Entretanto, existem amplos estudos relevantes do metabolismo da proteína muscular que suportam o conceito de que aumentar a ingestão de proteínas acima das atuais recomendações beneficiaria os músculos. A proteína muscular é diretamente afetada pela ingestão de proteínas da dieta. Altas ingestões de proteínas aumentam a síntese de proteína aumentando a disponibilidade de aminoácidos sistêmicos (74). Os aminoácidos absorvidos como resultado da digestão de proteínas estimulam a síntese de proteína muscular e promovem a síntese de proteínas musculares de forma dose-dependente (74-77). Esta resposta metabólica é refletida fisiologicamente. Por exemplo, crianças que consomem altos níveis de proteínas crescem mais rápido (78) e têm maior massa muscular (79). O efeito anabólico dos exercícios é amplificado pelos aminoácidos ou proteínas (80,81). A ingestão de proteínas acima da atual recomendação de 0,66 mg por quilo por dia estimula a taxa média fracionária (FSR) da proteína muscular (82) e a FSR muscular está positivamente correlacionada com a força (61). Apesar da base para a relação entre FSR e força não ser certa, é provável que uma maior taxa de turnover de proteínas musculares substitua as proteínas miofibrilares mais velhas com proteínas mais novas e de melhor funcionamento. A massa e a força muscular são melhorados pelo aumento da disponibilidade de aminoácidos, mesmo na ausência completa de atividade em pessoas jovens de cama (63).

Estudos recentes com idosos vivendo livremente (não em instituições) indicam que a maior ingestão de aminoácidos melhora a função física e a força dos músculos (83,84). É provável que a função metabólica dos músculos seja também melhorada por uma maior ingestão de proteínas do que o recomendado, porque os aminoácidos não somente estimulam a síntese de proteínas miofibrilares, mas também, a síntese de proteínas mitocondriais necessárias para metabolizar substratos (76). As recentes descobertas de que a suplementação diária de pessoas com diabetes tipo 2 com aminoácidos melhora o controle metabólico e reduz as concentrações de hemoglobina A1c (85) é consistente com os benefícios esperados do estímulo da síntese de proteínas mitocondriais musculares, pelas razões discutidas anteriormente. Além disso, pessoas com diabetes tipo 2 mantidas com uma alta ingestão de proteínas melhoraram seu controle glicêmico (86). A sensibilidade à insulina também melhorou com a suplementação de aminoácidos acima das ingestões recomendadas de proteínas em idosos saudáveis com graus variados de resistência à insulina (87); tanto as concentrações plasmáticas como as intra-hepáticas de lipídios foram reduzidas (88).

Os estudos citados acima fornecem argumentos adequados para explorar a possibilidade de que as recomendações históricas de ingestão de proteínas devem ser reavaliadas. Entretanto, os recentes DRIs (62) e o Guia Dietético para Americanos 2005 (89) mantêm recomendações históricas. Não somente não levam em consideração as questões levantadas neste artigo, mas essas recomendações foram mantidas apesar de novas evidências obtidas com o uso de técnicas clássicas que indicam a inadequação das recomendações anteriores.

A ingestão ótima de proteínas é incerta, mas pode-se fazer estimativas a partir de estudos metabólicos agudos de metabolismo muscular. Assim, a resposta máxima da síntese de proteína muscular pode ser alcançada com uma ingestão de 15 gramas de aminoácidos essenciais (EAAs) (91). A resposta a uma dose única de aminoácidos pode potencialmente ser obtida várias vezes por dia, com efeitos aditivos, com ingestão repetida de refeição (91,92). Consequentemente, não seria irracional esperar que os efeitos benéficos derivados da maior síntese miofibrilar e mitocondrial de proteínas sejam obtidos com a ingestão de 15 gramas de EAAs em cada refeição e não somente em uma refeição por dia. Isso se traduziria em uma ingestão de proteína de 1,8 gramas por quilo por dia. Apesar de esta quantidade parecer extrema no contexto das atuais recomendações, está de acordo com a quantidade de proteína média na dieta dos norte-americanos (1,5 gramas por quilo por dia para adultos) (62).

As diferenças entre as estimativas acima, que são aproximadamente consistentes com a média na dieta americana, com a recomendação representa uma diferença fisiologicamente importante. Os futuros estudos avaliando diretamente as funções físicas e metabólicas dos músculos em relação à ingestão de proteína no contexto de outros nutrientes dietéticos são necessários para que o próximo comitê formado para produzir o guia dietético nos EUA, que será publicado em 2010, tenha uma sólida base para suas recomendações de ingestão de proteínas.

Conclusões

A importância da manutenção da massa muscular e funções físicas e metabólicas em idosos é bem reconhecida. Menos estimados são os diversos papéis dos músculos durante a vida e a importância dos músculos na prevenção de algumas das mais comuns e cada vez mais prevalentes condições clínicas, como obesidade e diabetes. É, portanto, imperativo que esses fatores diretamente relacionados aos músculos sejam incluídos nos futuros estudos designados a demonstrar comportamentos ótimos através da vida, incluindo atividade física e dieta.

Referências bibliográficas

1. Cahill GF Jr. Starvation in man. N Engl J Med 1970:668 -75.

2. Felig P, Owen OE, Wahren J. Amino acid metabolism during prolonged starvation. J Clin Invest 1969;48:584 -94.

3. Biolo G, Zhang X-J, Wolfe RR. Role of membrane transport in interorgan amino acid flow between muscle and small intestine. Metabolism 1995;44:719 -24.

4. Felig P. The glucose-alanine cycle. Metabolism 1973;22:179-88.

5. Wolfe RR, Alsop JR, Burke JF. Glucose metabolism in man: responses to intravenous glucose infusion. Metabolism 1979;28:210 -20.

6. Drenick EJ, Swendseid ME, BlandWH,Tuttle SG. Prolonged starvation as treatment for severe obesity. JAMA 1964;87:100 -5.

7. Kotler DP, Tierney AR, Wang J. The magnitude of body cell mass depletion determines the timing of death from wasting in AIDS. Am J Clin Nutr 1989;50:444 -7.

8. Winick M. Hunger disease. Studies by the Jewish Physicians in the Warsaw Ghetto. New York, NY: Wiley & Sons, 1979:115-23.

9. Keys A, Brozek J, Henshel A, Mickelsen O, Longstreet TH. The biology of human starvation. Minneapolis, MN: University of Minnesota Press, 1950.

10. Biolo G, Flemming RYD, Maggi SP, Nguyen TT, Herndon DN, Wolfe RR. Inverse regulation of protein turnover and amino acid transport in skeletal muscle of hypercatabolic patients. J Clin Endocrinol Metab 2002;87:3378-84.

11. Zhang X-J, Chinkes DL, Wolfe RR. The flow phase of wound metabolism is characterized by stimulated protein synthesis rather than cell proliferation. J Surg Res (in press).

12. Wolfe RR, WZ Martini. Changes in intermediary metabolism in severe surgical illness. World J Surg 2000;24:639-47.

13. Pereira CT, Barrow RE, Sterns AM, et al. Age dependent differences in survival after severe burns: a unicentric review of 1674 patients and 179 autopsies over 15 years. J Am Coll Surg 2005 (in press).

14. Kadar L, Albertsson M, Arebert J, Landbert T, Mattsson S. The prognostic value of body protein in patients with lung cancer. Ann N Y Acad Sci 2000;904:584 -91.

15. Bams JL, Miranda DR. Outcome and costs of intensive care. Int Care Med 1985;11:234-41.

16. Cooper C. The crippling consequences of fractures and their impact on quality of life. Am J Med 1997;103:125-75.

17. Anderson RN, Smith BL. Deaths: leading causes for 2002. National Vital Statistics reports. Vol 53. Hyattsville, MD: National Center for Health Statistics, 2005. (No. 17.)

18. Anker SD, Steinborn W, Strassburg S. Cardiac cachexia. Ann Med 2005;36:518 -29.

19. Evans WJ. What is sarcopenia? J Gerontol A Biol Sci Med Sci 1995; 50:5- 8.

20. Schoeller DA, Ravussin E, Schutz Y, Acheson KJ, Baertschi P, Jequier E. Energy expenditure by doubly-labeled water: validation in humans and proposed calculations. Am J Physiol Endocrinol Metab 1986;250: R823-30.

21. Waterlow JC, Garlick PJ, Millward DJ. Protein turnover in mammalian tissues and in the whole body. Amsterdam, Netherlands: North Holland Publishing Co, 1978:753.

22. Tipton KD, Borsheim E, Wolf SE, Stanford AP, Wolfe RR. Acute response of net muscle protein balance reflects 24h balance after exercise and amino acid ingestion. Am J Physiol Endocrinol Metab 2002;284: E76-9.

23. Newsholme EA. Substrate cycles: their metabolic, energetic and thermic consequences in man. Biochem Soc Symp 1978;43:183-205.

24. Giordano M, Castellino P. Correlation between amino acid induced changes in energy expenditure and protein metabolism in humans. Nutrition 1997;13:309 -12.

25. Hibbert JM, Broemeling L, Isenberg JN, Wolfe RR. Determinants of free-living energy expenditure in normal weight and obese women measured by doubly labeled water. Obes Res 1994;2:44 -53.

26. Paddon-Jones D, Sheffield-Moore M, Aarsland A, Wolfe RR, Ferrando AA. Exogenous amino acids stimulate human muscle anabolism without interfering with the response to mixed meal ingestion. Am J Physiol Endocrinol Metab 2005;288:E761-7.

27. Rasmussen B, Wolfe RR. Regulation of fatty acid oxidation in skeletal muscle. Annu Rev Nutr 1999;19:463- 84.

28. Ferrando AA, Sheffield-Moore M, Yeckel CW, et al. Testosterone administration to older men improves muscle function: molecular and physiological mechanisms. Am J Physiol Endocrinol Metab 2002;282: E601-7.

29. Layman DK, Boileau RA, Erickson DJ, et al. A reduced ratio of dietary carbohydrate to protein improves body composition and blood lipid profiles during weight loss in adult women. J Nutr 2003;133:411-7.

30. Reaven GM. The insulin resistance syndrome: definition and dietary approaches to treatment. Annu Rev Nutr 2005;25:391- 406.

31. DeFronzo RA, Bonadonna RC, Ferrannini E. Pathogenesis of NIDDM. A balanced overview. Diabetes Care 1992;15:318-68.

32. Wolfe RR, Peters EJ, Klein S, Holland OB, Rosenblatt JI, Gary H Jr. Effect of short-term fasting on lipolytic responsiveness in normal and obese human subjects.AmJ Physiol Endocrinol Metab 1987;252:E189-96.

33. Randle PJ, Garland PB, Hales CN, Newsholme EA. The glucose-fatty acid cycle: its role in insulin sensitivity and the metabolic disturbances of diabetes mellitus. Lancet 1963;1:785-9.

34. Sidossis LS, Wolfe RR. Glucose and insulin-induced inhibition of fatty acid oxidation: the glucose-fatty acid cycle reversed. Am J Physiol Endocrinol Metab 1996;270:E733- 8.

35. Kelley DE, Goodpaster B, Wing RR, Simoneau J. Skeletal muscle fatty acid metabolism in association with insulin resistance, obesity and weight loss. Am J Physiol Endocrinol Metab 1999;277:E1130-41.

36. Perseghin G, Scifo P, De Cobelli F, et al. Intramyocellular triglyceride content is a determinant of in vivo insulin resistance in humans: a 1H-13C nuclear magnetic resonance spectroscopy assessment in offspring of type 2 diabetic parents. Diabetes 1999;48:1600-6.

37. Pan DA, Lillioja S, Kriketos AD, et al. Skeletal muscle triglyceride levels are inversely related to insulin action. Diabetes 1997;46:983- 8.

38. Goodpaster BH, Krishnaswami S, Resnick H, et al. Association between regional adipose tissue distribution and both type 2 diabetes and impaired glucose tolerance in elderly men and women. Diabetes Care 2003;26:372-9.

39. Ferrannini E, Vichi S, Beck-Nielsen H, Laakso M, Paolisso G, Smith U. Insulin action and age. Eur Group for the Study of Insulin Resistance (EGIR) Diabetes 1996;45:947-53.

40. Itani SI, Ruderman NB, Schmieder F, Boden G. Lipid-induced insulin resistance in human muscle is associated with changes in diacylglycerol, protein kinase C and IkB-_. Diabetes 2002;51:2005-11.

41. Sial S, Coggan AR, Carroll R, Goodwin J, Klein S. Fat and carbohydrate metabolism during exercise in elderly and young subjects.AmJ Physiol Endocrinol Metab 1996;271:E983-9.

42. Petersen KF, Befroy D, Dufour S, et al. Mitochondrial dysfunction in the elderly: possible role in insulin resistance. Science 2003;300:1140 -2.

43. Rimbert V, Boirie Y, Bedu M, Hocquette J-F, Ritz P, Morio B. Muscle fat oxidative capacity is not impaired by age but by physical inactivity: association with insulin sensitivity. FASEB J 2004;18:737-9.

44. Rasmussen BB, Fujita S, Wolfe RR, et al. Insulin resistance of protein metabolism in aging. FASEB 2006;20:768 -9.

45. Shmitz-Peiffer C. Signalling aspects of insulin resistance in skeletal muscle: mechanisms induced by lipid oversupply. Cell Signal 2000;12: 583-94.

46. Merrill A, Jones DD. An #UPD# of the enzymology and regulation of sphingomyelin metabolism. Biochim Biophys Acta 1990;1044:1-12.

47. Frost HM. On our age-related bone loss: Insights from a new paradigm. J Bone Miner Res 1997;12:1-9.

48. Ducher G, Jaffre C, Arlettaz A, Benhamou CL, Courteix D. Effects of long-term tennis playing on the muscle-bone relationship in the dominant and nondominant forearms. Can J Appl Physiol 2005;30:3-17.

49. Pang MY, Eng JJ. Muscle strength is a determinant of bone mineral content in the hemiparetic upper extremity: implications for stroke rehabilitation. Bone 2005;37:103-11.

50. Szulc P, Beck TJ, Marchand F, Delmas PD. Low skeletal muscle mass is associated with poor structural parameters of bone and impaired balance in elderly men-the MINOS study. J Bone Miner Res 2005;20:721-9.

51. Frost HM. Coming changes in accepted wisdom about “osteoporosis”. J Musculoskelet Neuronal Interact 2004;4:78-85.

52. Sakurai Y, Aarsland A, Herndon DN, et al. Stimulation of muscle protein synthesis by long-term insulin infusion in severely burned patients. Annal Surg 1995;222:283-97.

53. Herndon DN, Hart DW, Wolf SE, Chinkes DL, Wolfe RR. Reversal of catabolism by beta blockade after burn injury. N Engl J Med 2001;345: 1223-9.

54. Englehardt D, Dorr G, Jaspers C, Knorr D. Ketoconazole blocks cortisol secretion in man by inhibition of adrenal 11 beta-hydroxylase. Klin Wochenschr 1985;63:607-12.

55. Sheffield-Moore M, Wolfe RR, Gore DC, Wolf SE, Ferrer DM, Ferrando AA. Combined effects of hyperaminoacidemia and oxandrolone on skeletal muscle protein synthesis. Am J Physiol Endocrinol Metab 2000;278:E273-9.

56. Dela F, Mikines KJ, von Linstow M, Secher NH, Galbo H. Effect of training on insulin-mediated glucose uptake in human muscle. Am J Physiol Endocrinol Metab 1992;263:E1134-43.

57. Fiatarone MA, O’Neill EF, Rayan ND, et al. Exercise training and nutritional supplementation for physical frailty in very elderly people. N Engl J Med 1994;330:1739 -75.

58. Hughes VA, Fiatarone MA, Fielding RA, Elahi BB, Evans WJ. Exercise increases muscle glut-4 levels and insulin action in subjects with impaired glucose tolerance. Am J Physiol Endocrinol Metab 1993;264: E855-62.

59. Holloszy JO. The biology of aging. Mayo Clin Proc 2000;75(suppl): S3-8, discussion S8-9.

60. Borges O. Isometric and isokinetic knee extension and flexion torque in men and women aged 20-70. Scand J Rehabil Med 1989;21:45-53.

61. Balagopal P, Royackers OE, Adey DB, Nair KS. Effects of aging on in vivo synthesis of skeletal muscle myosin heavy-chain and sarcoplasmic proteins in humans. Am J Physiol Endocrinol Metab 1997;273:E790-800.

62. Dietary reference intakes for energy, carbohydrate, fiber, fat, fatty acids, cholesterol, protein, and amino acids (macronutrients). Protein and amino acids. Institute of Medicine, Food and Nutrition Board. Internet: http://www.nap.edu/books/0309085373/html/ 2002 (accessed 19 June 2006).

63. Paddon-Jones D, Sheffield-Moore M, Urban RJ, et al. Essential amino acid and carbohydrate supplementation ameliorates muscle protein loss during 28 days bedrest. J Clin Endocrinol Metab 2004;89:4351- 8.

64. Metter EJ, Talbot KA, Schrager M, Conwit R. Skeletal muscle strength as a predictor of all-cause mortality in healthy men. J Gerontol 2002; 57A:B359-65.

65. Lopes J, Russel D, Whitwell J. Jeejeebhoy KN. Skeletal muscle function in malnutrition. Am J Clin Nutr 1982;36:602-10.

66. The Nurses’ Health Study. Version current 18May2006. Internet: http://www.channing.harvard.edu/nhs (accessed 19 June 2006).

67. Physicians’ Health Study. Version current 1 June 2006. Internet: http://phs.bwh.harvard.edu (accessed 19 June 2006).

68. Arias E. United States life tables. 2002. Natl Vital Stat Rep 2004;53:1- 38.

69. Anderson RN, Smith BL. Deaths: leading causes for 2002. Natl Vital Stat Rep 2005;53:1- 89.

70. US Census Bureau. Census 2000, summary file 1, matrices P13 and PCT12. Internet: http://factfinder.census.gov (accessed 19 June 2006).

71. Kant AK, Schatzkin A. Consumption of energy-dense, nutrient-poor foods by the US population: effect of nutrient profiles. J Am Coll Nutr 1994;13:285-91.

72. Doherty TJ. Invited review: aging and sarcopenia. J Appl Physiol 2003; 95:1717-27.

73. MatsudaM,DeFronzoRA.Insulin sensitivity indices obtained from oral glucose tolerance testing: comparison with the euglycemic insulin clamp. Diabetes Care 1999;22:1462-70.

74. Motil KJ, Matthews DE, Bier DM, Burke JF, Munro HN, Young VR. Whole-body leucine and lysine metabolism: response to dietary protein intake in young men. Am J Physiol Endocrinol Metab 1981;240:E712- 21.

75. Paddon-Jones D, Sheffield-Moore M, Zhang X-J, et al. Amino acid ingestion improves muscle protein synthesis in the young and elderly. Am J Physiol Endocrinol Metab 2004;286:E321-28.

76. Bohe J, Low A, Wolfe RR, Rennie MJ. Human muscle protein synthesis is modulated by extracellular but not intracellular amino acid availability: a dose response study. J Physiol 2003;552:315-24.

77. Carroll CC, Fluckey JD, Williams RH, Sullivan DH, Trappe TA. Human soleus and vastus lateralis muscle protein metabolism with an amino acid infusion. Am J Physiol Endocrinol Metab 2005;288:E479-85.

78. Hoppe C, Udam TR, Lauritzen L, Molgaard C, Juul A, Michaelsen KF. Animal protein intake, serum insulin-like growth factor I, and growth in healthy 2.5-y-old Danish children. Am J Clin Nutr 2004;80:447-52.

79. Hoppe C, Molgaard C, Thomsen BL, Juul A, Michaelsen KF. Protein intake at 9 mo of age is associated with body size but not with body fat in 10-y-old Danish children. Am J Clin Nutr 2004;79:494 -501.

80. Biolo G, Tipton KD, Klein S, Wolfe RR. An abundant supply of amino acids enhances the metabolic effect of exercise on muscle protein. Am J Physiol Endocrinol Metab 1997;273:E122-9.

81. Tipton KD, Elliott TA, Cree MG, Wolf SE, Sanford AP, Wolfe RR. Ingestion of casein and whey proteins result in muscle anabolism after resistance exercise. Med Sci Sports Exerc 2004;2073- 81.

82. Harber MP, Schenk S, Barkan AL, Horowitz F. Effects of dietary carbohydrate restriction with high protein intake on protein metabolism and the somatotropic axis. J Clin Endocrinol Metab 2005;90:5175- 81.

83. Scognamiglio R, Avogaro A, Negut C, Piccolotto R, de Kreutzenberg SV, Tiengo A. The effects of oral amino acid intake on ambulatory capacity in elderly subjects. Aging Clin Exp Res 2004;16:443-7.

84. Børsheim E, Bui Q-UT, Tissier S, Kobayashi H, Ferrando AA, Wolfe RR. Amino acid intake increases leg muscle mass, function and strength in elderly. Med Sci Sports Exerc (in press).

85. Solerte SB, Gazzaruso C, Schifino N, et al. Metabolic effects of orally administered amino acid mixture in elderly subjects with poorly controlled type 2 diabetes mellitus. Am J Cardiol 2004;93:23A-9A.

86. Gannon MC, Nuttall FQ, Saeed A, Jordan K, Hoover H. An increase in dietary protein improves the blood glucose response in persons with type 2 diabetes. Am J Clin Nutr 2003;78:671-2.

87. Børsheim E, Bui Q-UT, Tissier S, Kobayashi H, Ferrando AA, Wolfe RR. Effect of amino acid supplementation in insulin sensitivity in elderly. Fed Proc (in press).

88. Bui Q-UT, Børsheim E, Tissier S, Cree MG, Ferrando AA, Wolfe RR. The effect of amino acid supplementation on plasma and tissue lipids in elderly. Am Geriatric Soc (in press).

89. 2005 Dietary guidelines for Americans. 6th ed. Washington, DC: US Department of Health and Human Services, 2005.

90. Campbell WW, Trappe TA, Wolfe RR, Evans WJ. The recommended dietary allowance for protein may not be adequate for older people to maintain skeletal muscle. J GerontolABiol SciMedSci 2001;56:M373-80.

91. Tipton KD, Ferrando AA, Phillips SM, Doyle D Jr, Wolfe RR. Post exercise net protein synthesis in human muscle from orally administered amino acids. Am J Physiol 1999;276:E628 -34.

92. Borsheim E, Tipton KD, Wolf SE, Wolfe RR. Essential amino acids and muscle protein recovery from resistance exercise. Am J Physiol Endocrinol Metab 2002;283:E648 -57.

Baseado no artigo “The underappreciated role of muscle in health and disease“, de Robert R Wolfe, publicado no American Journal of Clinical Nutrition, Vol. 84, No. 3, 475-482, September 2006.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress