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Novo Sisbov tem 12 milhões de animais inscritos

Dia 31 de dezembro ocorrerá a substituição do sistema de rastreabilidade vigente pelo Novo Sisbov. O novo sistema está baseado no conceito de certificação da propriedade e não mais apenas na certificação individual dos animais. Em consulta ao Mapa, o BeefPoint apurou que o novo sistema possui 12.012.378 de animais e 22.299 propriedades cadastradas na sua base de dados.

Dia 31 de dezembro ocorrerá a substituição do sistema de rastreabilidade vigente pelo Novo Sisbov. O novo sistema está baseado no conceito de certificação da propriedade e não mais apenas na certificação individual dos animais.

As vésperas dessa mudança e com novas as diretrizes do Mapa a respeito do trânsito animal, muito tem se discutido sobre a funcionalidade do sistema e se realmente o Brasil conseguirá implantar um sistema que atenda (em confiabilidade e quantidade de animais rastreados) as exigências do mercado externo, principalmente União Européia.

Em consulta ao Mapa, o BeefPoint apurou que o novo sistema possui 12.012.378 de animais e 22.299 propriedades cadastrados na sua base de dados. Sendo que 9.372 dessas propriedades já estão aprovadas como ERAS, após a realização da vistoria definitiva. Das propriedades inscritas, 99%, ou seja, 22.144 propriedades são consideradas pelo Mapa como de criação e 0,69% (155 estabelecimentos) se dedica a atividade de confinamento.

O estado do Mato Grosso do Sul, lidera o ranking do número de animais inscritos no Novo Sisbov, com 3.224.423 de animais, seguido por MT e GO. Se retirarmos os animais inscritos no Novo Sisbov nos estados que não estão habilitados a exportar à União Européia (MS, SP, PR, RO, PR, PA, TO, BA), teremos apenas 6.938.330 animais rastreados pelo novo sistema e disponíveis para exportação ao bloco europeu.

Tabela 1. Número de animais inscritos no Novo Sisbov


Equipe BeefPoint, com informações do Mapa

0 Comments

  1. José Manuel de Mesquita disse:

    Sisbov sempre ele…
    Pois é… e poderia ser tão mais simples…
    A maior falha está no princípio do processo: Um número de 6 algarismos (não sequenciais) é impossivel de ser manejado com alguma segurança…

    Nossa experiencia de manejo com todos os animais da propriedade (10.500 durante 8 anos) nos mostrou que a identificação (Brinco) com 4 algarismos sequenciais permite uma falha de leitura/anotação da ordem de 3 a 5% em cada uma das pessoas envolvidas na operação; e isto em um ambiente controlado em um curral, com os animais contidos no troco e/ou brete. Imagine um com 6 algarismos na lida diária no pasto, com o animal em movimento, a distancia não adequada e a sujeira que se acumula normalmente sobre os mesmos (Brincos).

    Cada propriedade deveria ter seu próprio número de manejo, que poderia ser associado ao número do Sisbov somente nos controles administrativos, pois o mesmo (número sisbov) somente será usado quando da transferência entre propriedades ou quando enviado para abate.

    Devemos ter em mente que, cada animal deverá ser manejado (na pior das hipóteses) 2 X ao ano (normalmente não menos que 4 X), e uma identificação de 6 algarismos não é nada prática e inviabiliza qualquer tipo de apontamento com margem de segurança aceitável.

    Se em vez de nos obrigar a utilizar um Brinco e um Bottom, por que não utilizar um chip implantado na região lateral do cupim (mesmo não sendo Nelore), o qual poderia ser lido e auditado a qualquer momento pelo comprador ou pelos responsáveis pela verificação nas propriedades, transporte ou frigoríficos.
    Não mais nos preocuparíamos com os papéis que temos que guardar, separar a cada movimentação realizada, pois no chip estaria toda informação que possa existir no par Brinco/Bottom; tendo a vantagem adicional de não se perder no dia a dia.

    Devemos ainda observar, que a identificação é a ferramenta básica, sem a qual não existe a possibilidade de se rastrear coisa alguma, e que a certificação envolve a existencia de infra-estrutura (física, pessoal e social) na propriedade, de procedimentos de manejo e controle documentados, bem como a comprovação de que tais procedimentos são realmente utilizados, e que são do conhecimento das pessoas envolvidas no dia a dia.

    Outro passo importante, seria obrigar os frigoríficos a realizar auditorias para também certificar as propriedades fornecedoras de animais para abate em suas plantas (nos moldes que as montadoras de automóveis aplicam a seus fornecedores), afinal quem comercializa o produto “carne” são êles, e deveriam ser co-responsáveis por aquilo que fornecem ao mercado Interno ou Externo.

    Sem isso vamos continuar fingindo que rastreamos, as certificadoras, as autoridades e os frigoríficos também fingirão que acreditam que rastreamos, e nosso sonho sempre acaba em pesadelo a cada auditoria realizada por orgãos da comunidade européia. E sempre encontraremos um culpado por nosso próprio fracasso: “o rigor com que somos avaliados…”

  2. José Manuel de Mesquita disse:

    Aproveitando os pontos mencionados pelo Sr. Roberto Trigo, alguém já verificou quando foi realizada a primeira certificação ERAS dentro do novo Sisbov?

    Com 9.372 propriedades já certificadas dentro do novo Sisbov se indagássemos quanto tempo se passou entre a 1ª certificação e a última das 9.372, que número teríamos? e se dividíssemos as 9.372 certificações pelo número de dias decorridos entre a 1ª e a ultima delas (descontados os fins de semana e feriados), que número obteríamos? e se dividíssemos este número pelo número de certificadoras habilitadas que as realizaram, que número encontraríamos?

    Será que no número final encontrado encontraríamos fortes argumentos de que as certificações foram realmente executadas com o rigor especificado nas novas normas existentes?

    Não tenho como satisfazer esta curiosidade, mas esta informação, poderá nos mostrar se continuaremos culpando o excesso de rigor com que somos avaliados, pelas auditorias da comunidade européia, ou se finalmente assumiremos que continuamos os mesmos neste grande país do “finge que faz, que eu finjo que acredito…”

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