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Novo estudo reacende discussão sobre papel da indústria de carne no aquecimento global

As pessoas precisam começar a limitar a quantidade de carne que consomem para frear as emissões de gases de efeito estufa, poluição por nitrato e destruição de habitats, de acordo com um novo estudo da Universidade Dalhousie, do Canadá. O estudo, chamado "Previsão dos potenciais custos ambientais globais da produção pecuária 2000-2050" projeta que a indústria pecuária sozinha excederia o limiar para mudança climática e destruição do habitat até o meio do século. Os autores, Nathan Pelletier e Peter Tyedmers, pedem por cortes mundiais no consumo médio per capita de carnes de 19 a 42% até 2050.

As pessoas precisam começar a limitar a quantidade de carne que consomem para frear as emissões de gases de efeito estufa, poluição por nitrato e destruição de habitats, de acordo com um novo estudo da Universidade Dalhousie, do Canadá.

O estudo, chamado “Previsão dos potenciais custos ambientais globais da produção pecuária 2000-2050” projeta que a indústria pecuária sozinha excederia o limiar para mudança climática e destruição do habitat até o meio do século. Os autores, Nathan Pelletier e Peter Tyedmers, pedem por cortes mundiais no consumo médio per capita de carnes de 19 a 42% até 2050.

Publicado na segunda-feira no jornal Proceedings of the National Academy, o artigo reacende o debate sobre a real extensão das contribuições da produção pecuária para o aquecimento global. O artigo questiona também a sustentabilidade da indústria em meio às projeções de que a produção de carne terá que dobrar até 2050 para alimentar a população que crescerá em 2,2 bilhões de pessoas nos próximos 40 anos.

A indústria de carnes defende que está fazendo suas próprias pesquisas. Uma revisão recente feita pela Organização Internacional de Carne (IMS, sigla em inglês), cujos detalhes foram discutidos na semana passada no Congresso Mundial de Carne na Argentina, reconhece que a agricultura é um importante contribuinte para as emissões de gases de efeito estufa e precisa melhorar sua sustentabilidade ambiental. No entanto, suas contribuições são desconhecidas em meio a uma ampla variação nos métodos de medição entre diferentes sistemas de produção pecuária e espécies.

Um dos autores da revisão da IMS, Cledwin Thomas, disse em sua apresentação que muitos estudos foram feitos desde que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estimou, em 2006, que o setor pecuário é responsável por 18% das emissões mundiais de gases de efeito estufa. Alguns novos estudos estimam que esse número pode ser maior e alguns projetos dizem que podem ser menores, disse ele.

“Uma das causas dessa variação é que, primeiramente, existem erros inerentes e incertezas nas medidas usadas para calcular os gases de efeito estufa. Em algumas áreas, fomos mais precisos que em outras. Somos muito melhores na previsão de perdas de metano do rúmen do que de óxido nitroso dos cordeiros, que tem erros muito grandes de predição”.

“Tivemos resultados muito conflitantes”, disse Thomas. “Temos sistemas que produzem muitos benefícios ecológicos, mas eles também produzem altos níveis de gases de efeito estufa. Esse é um grande dilema: como podemos racionalizar as boas contribuições e os benefícios ambientais em uma direção com efeitos maléficos em outra?”.

A reportagem é do MeatingPlace.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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