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Nove frigoríficos estavam parados em 3 de julho por causa de casos de covid entre funcionários

Nove frigoríficos brasileiros estavam com o abate paralisado por conta dos casos de covid-19 entre funcionários até 3 de julho, segundo o Ministério da Agricultura. O dado foi divulgado hoje em um relatório do Serviço de Inspeção Federal (SIF). O Rio Grande do Sul tinha três abatedouros com as atividades interrompidas (dois de aves e um de suínos). Rondônia (bovinos), Paraná (aves), Tocantins (bovinos), Paraíba (aves), São Paulo (aves) e Goiás (aves e suínos) completam a lista, com um estabelecimento cada. 

Segundo o relatório, o número de abates em frigoríficos de carne bovina sob inspeção federal diminuiu 13% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 10,2 milhões de cabeças de gado abatidas em 2020 ante 11,8 milhões em 2019. Os dados de junho, no entanto, ainda são parciais e podem mostrar alguma elevação no resultado final. Só em maio de 2020, deixaram de ser abatidos aproximadamente 230 mil bovinos em comparação a maio de 2019. Mesmo assim, 5% dos frigoríficos solicitaram a realização de abate em turno ou dias adicionais. A produção nos estabelecimentos com SIF de suínos e aves apresentou estabilidade em relação ao primeiro semestre de 2019, com cerca de 19,1 milhões de suínos e 2,6 bilhões de aves abatidos. Os dados de junho para ambos também são parciais. 

O relatório do SIF destaca, ainda, o aumento na emissão de certificados para fins de exportação de produtos de origem animal cresceu 11% só em junho, na comparação com o mesmo mês de 2019. Foram emitidos 32.153 certificados. No ano já são mais de 184 mil emissões. Desde março, no início da pandemia, as solicitações aumentaram de forma significativa, diz o relatório.

O ministério informou que adotou medidas para manter as atividades de inspeção ante e post mortem nos estabelecimentos com abate e o serviço de certificação sanitária. Para isso, durante o período de calamidade pública as atividades presenciais de fiscalização nos estabelecimentos submetidos à inspeção periódica (onde não é realizado o abate animal) foram suspensas.

“Foram suspensas temporariamente as atividades presenciais de fiscalização de atividades consideradas como de baixo risco e que não afetam imediatamente o abastecimento de alimentos seguros, incorporando na atividade de inspeção a análise de cumprimento de adoção de medidas por parte do setor fiscalizado por meio de registros auditáveis, incluindo o registro fotográfico quando couber”, diz o relatório divulgado hoje. 

O Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) orientou a realização de avaliação documental das empresas que foram notificadas a enviarem seus registros de controle de recepção, estoque, produção, expedição e ou outros que a equipe do SIF considerar pertinente às atividades para a referida avaliação. Em junho, foram realizadas verificações documentais de 269 estabelecimentos dessa categoria.

Fonte: Valor Econômico.

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