José Carlos Camperchioli, novo chefe do Serviço Nacional de Sanidade Animal e Qualidade (Senacsa), ressaltou que o Paraguai continuará com o sistema de vacinação para prevenir a febre aftosa bovina, em meio a discussões sobre o programa de erradicação que o Brasil realizará.
“Continuaremos com a vacinação para prevenir a febre aftosa. Não podemos nos dar ao luxo de parar de vacinar, principalmente por causa de nossa localização e por estarmos ao lado de dois países muito grandes”, explicou em contato com a Rádio Nacional do Paraguai.
Ele acrescentou que as autoridades de saúde na Argentina anunciaram que até 2022 não vão mais vacinar contra a febre aftosa, argumentando que os fatores de risco não existem mais.
“O Brasil ainda quer largar a vacina para 2021 ou 2022”, disse ele. Afirmou que isso não acontecerá no país, já que neste ano houve casos de febre aftosa na Venezuela e na Colômbia. “Ainda há alguma virulência na região.”
Ao mesmo tempo, ele argumentou que o Paraguai tem a carne como a segunda exportação mais importante, seguida pela soja. “Alcançamos números anuais de US$ 1,5 bilhão. Nos últimos 15 anos, o item cresceu 20%”.
Ele indicou que o objetivo é atingir mercados como os Estados Unidos e o Japão. Ele estima que, de cada 10 quilos de carne que são abatidos no Paraguai, 7,5 quilos vão para o exterior.
Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.