Nos Estados Unidos, carne vegetal está longe de emplacar no drive-thru
27 de setembro de 2021
Mapa regulamenta o uso de drones em atividades agropecuárias
27 de setembro de 2021

Na Cúpula dos Sistemas Alimentares, Brasil assume compromisso coma sustentabilidade da produção

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, assumiu o compromisso de o Brasil construir um sistema alimentar mais produtivo, inclusivo, resiliente e sustentável, baseado em ganhos de produtividade e no respeito aos recursos naturais, de forma a reduzir “a pressão pela incorporação de novas áreas”.

Em discurso gravado apresentado na Cúpula dos Sistemas Alimentares da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, a ministra — que nesta sexta-feira testou positivo para a covid-19 — reforçou a importância da ciência e da inovação como base para políticas públicas e regras e padrões sanitários, e defendeu o comércio internacional aberto e livre de distorções, com regras justas e transparentes.

Cobrança aos desenvolvidos

Tereza Cristina também cobrou apoio dos países desenvolvidos aos mais pobres na transição para sistemas mais sustentáveis de produção. “Conclamamos os países historicamente responsáveis pelo aquecimento global a assumirem suas responsabilidades e apoiar os mais vulneráveis por meio da cooperação internacional”, disse.

A ministra destacou que, com base no modelo de agricultura tropical, o Brasil vai continuar “expandindo a produção através de ganhos crescentes de produtividade e do uso racional dos recursos naturais. Assim, reduziremos a pressão pela incorporação de novas áreas à atividade produtiva”.

Diversidade dos sistemas

Outro ponto destacado no discurso foi o reconhecimento da “diversidade dos sistemas produtivos” nos debates preliminares, principalmente entre os países das Américas. “Ressaltamos a necessidade de evitar visões prescritivas de sustentabilidade”, apontou Tereza Cristina.

A preocupação inicial do Brasil e demais países americanos, bem como de outras potências exportadoras, como a Austrália, era de que a cúpula reconhecesse o modelo europeu como única via para orientar a produção agropecuária e o consumo de alimentos no mundo. Na visão dos líderes do continente, isso poderia restringir o consumo de carne vermelha no planeta e gerar impactos nas cadeias produtivas e nas culturas locais, bem como impedir o acesso às proteínas animais por nações emergentes.

Desperdício de alimentos

A ministra também disse que o país vai trabalhar pela redução de perdas e desperdícios de alimentos e pela promoção da alimentação saudável por meio da informação aos consumidores. Junto com os Estados Unidos, o Brasil também lançou a Coalizão sobre Crescimento Sustentável da Produtividade, que vai trabalhar para ampliar a eficiência do uso dos recursos produtivos e a disponibilidade de alimentos a preços acessíveis.

O Brasil ainda elaborou um “mapa do caminho nacional”, que indica as linhas de ações prioritárias e medidas concretas que serão adotadas até 2030.

Fonte: Valor Econômico.

Os comentários estão encerrados.

plugins premium WordPress