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Murilo Quintiliano: olhar os animais como indivíduos auxilia na tomada de decisão e melhoria da eficiência

O Prêmio BeefPoint – Edição Confinamento vai homenagear quem faz a diferença nos confinamentos do Brasil. Essa é uma iniciativa do BeefPoint, e tem a Assocon como parceira. A premiação será feita durante o Interconf 2013, evento da Assocon que acontecerá nos dias 9 a 12 de setembro de 2013, em Goiânia/GO e que o BeefPoint está fazendo a curadoria de conteúdo.

Para conhecer melhor os finalistas, o BeefPoint preparou uma série de entrevistas que mostram o que eles têm feito para se destacar na pecuária de corte.

Confira abaixo a entrevista com Murilo Henrique Quintiliano, um dos finalistas na categoria Bem-estar animal em Confinamento.

Murilo Henrique Quintiliano possui graduação em Zootecnia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias – Unesp Jaboticabal (2005). Atualmente é diretor executivo da FAI do Brasil Criação Animal Ltda e consultor principal do programa Triesm.

BeefPoint: O que você considera mais importante em um confinamento de gado de corte?

Murilo Quintiliano: A eficiência é o ponto chave de todo o negócio. Mas ressalto que quando tratamos de eficiência, não podemos esquecer-nos de nenhuma das características que a compõem, que passam pelas questões econômicas, as questões ambientais e também, porque não, as questões éticas.

É muito comum que o sistema de animais confinados seja tratado como um sistema único, estático, onde o objetivo de fazer com que os animais ganhem peso passem única e exclusivamente pela qualidade do alimento que é fornecido e, do ponto de vista comercial, pela boa negociação no momento de compra e de venda dos animais.

Acredito que é necessário ir além disso. Questões como o conforto dos animais (temperatura, condições do piso, acesso à água e alimento, questões de interações sociais entre os animais, etc); questões relacionadas com o ambiente (tratamento de efluentes, destino correto de animais mortos, respeito à legislação ambiental, etc) e finalmente tudo o que diz respeito ao trabalhador do campo e a garantia de que ele tenha uma boa vida e segurança na hora do trabalho.

A partir do momento que consideramos todas estas condições, temos condições de ampliar nossos horizontes produtivos e com a aplicação da técnica e do conhecimento, ser mais eficientes, inclusive para que a produção seja mais qualitativa e não só quantitativa. Os consumidores demandam e desejam diferentes níveis de qualidade que nem sempre são disponibilizados.

BeefPoint: Qual o maior desafio dos confinamentos no Brasil hoje?

Murilo Quintiliano: Garantir que sejamos reconhecidos como um país produtor de qualidade suficiente, que justifica os investimentos necessários e riscos que todo o confinador necessariamente tem que fazer. A partir do momento que é dado o devido valor e reconhecimento a quem produz animais e consequentemente carne com qualidade, respeitando as pessoas, o ambiente e os animais, acredito que todos terão condições de aprimorar seus sistemas e viabilizar os investimentos em treinamento de toda a equipe operacional e infraestrutura necessária para a boa produção.

BeefPoint: Qual projeto de confinamento você teve contato ou implementou nestes últimos anos, que considera um case de sucesso? Por quê?

Murilo Quintiliano: A FAI do Brasil, em parceria com o Grupo ETCO desenvolveu o primeiro modelo de um sistema de terminação, que foi chamado de Sistema de Terminação em Piquetes, que possui como características principais os seguintes pontos, que remetem a problemas encontrados nos confinamentos atuais:

 

BeefPoint: O que você fez em 2012 que te trouxe mais resultados?

Murilo Quintiliano:

– Parcerias de sucesso com produtores que acreditaram em nossa capacidade de confinar.

– Adequação do sistema de distribuição de alimentos.

– Venda dos animais baseado nos custos e em sua qualidade final, não esperando a variação de preços da arroba.

BeefPoint: O que você pretende fazer de diferente em 2013? E por quê?

Murilo Quintiliano:

– Melhorar a eficiência de compra de insumos.

– Aperfeiçoar a utilização do confinamento com mais ciclos anuais.

– Divulgar esta nova estratégia de trabalho como uma alternativa aos confinamentos mais tradicionais.

BeefPoint: Qual mensagem gostaria de deixar para os confinadores no Brasil?

Murilo Quintiliano: O confinamento é uma tarefa que demanda a aplicação correta do conhecimento. Muitas vezes, conhecimentos mais básicos, como o comportamento dos animais é ignorado, e ausência de controle faz com que haja aumento de riscos e custos. Olhar os animais como indivíduos auxilia na tomada de decisão e melhoria da eficiência. Bom trabalho a todos os confinadores!

Quem merece ganhar o Prêmio BeefPoint Confinamento? Clique Aqui e Vote!

Confira a Programação do Interconf 2013

Lembramos que todos os finalistas do prêmio são convidados vip cortesia do Interconf 2013.

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