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Múltis do agronegócio dizem que “PL da grilagem”põe em riscos uas compras no Brasil

O Burger King do Reino Unido, a varejista britânica Tesco, a Moy Park, controlada pela JBS, e outras 38 empresas e organizações estrangeiras enviaram uma carta aberta aos parlamentares brasileiros afirmando que a aprovação do PL 2633/2020 — batizado de PL da Grilagem — pode estimular o desmatamento na Amazônia e, assim, colocar em risco a continuidade de suas compras de matérias-primas do Brasil.

No documento, as companhias e entidades afirmam que estão “profundamente preocupadas” com o projeto, que foi apresentado no último dia 15 pelo deputado Zé Silva (Solidariedade-MG), já que a MP que versava sobre o tema caducou.

Além de companhias que compram produtos agropecuários brasileiros, como processadores de carne e varejistas, assinam também o manifesto cooperativas estrangeiras, fundos de pensão, companhias de investimento, organizações filantrópicas e outras sem fins lucrativos.

O grupo signatário inicia a carta afirmando que a Amazônia é uma das regiões mais vitais do planeta por causa de seu papel como regulador climático global, na manutenção dos ciclos das águas e por abrigar 10% das espécies conhecidas — e lembra dos casos de desmatamento e queimadas na região em 2019.

Essas empresas investidores e entidades defendem que proteger a Amazônia “é economicamente mais atraente do que destruí-la”, e que novos riscos a devastações devem ser evitados.

O projeto de lei, dizem, “ legalizaria a ocupação privada de terras públicas, concentradas principalmente na Amazônia. Caso a medida seja aprovada, incentivará a apropriação de terras e o desmatamento generalizado, o que colocariam em risco a sobrevivência da Amazônia e o cumprimento das metas do Acordo de Mudança Climática de Paris, além de prejudicar os direitos das comunidades indígenas e tradicionais”, afirmam as companhias e entidades estrangeiras.

As empresas querem continuar a comprar do Brasil e a investir no país, acrescentam que querem garantir que “ a proteção da Amazônia possa ser economicamente produtiva para todos”.

Pedimos que o governo brasileiro reconsidere sua posição, e esperamos continuar a trabalhar como parceiros no Brasil para demonstrar que o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental não são mutuamente exclusivos”, conclui o documento.

Fonte: Valor Econômico.

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