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Mudança na data da Expointer divide opiniões de organizadores

O anúncio do governo estadual de mudança da data da Expointer, uma das principais feiras do calendário do agronegócio, é uma definição diante de cenário marcado por incertezas. Mas não é garantia da realização. Tudo dependerá da situação da covid-19 até lá. A alteração para 26 de setembro a 4 de outubro evita frustração antecipada de quem entende como fundamental que o evento ocorra. Ao optar, neste momento, pela medida, o Piratini evita “queimar a largada”.

– Temos a expectativa de que, com esse adiamento de cerca de um mês, tenhamos condições de fazer a feira. Que será menor e especialmente dedicada aos negócios – disse o governador Eduardo Leite, acrescentando que “só acontecerá se houver absoluta segurança” .

Com essa premissa, o secretário da Agricultura, Covatti Filho, diz que o foco, a partir de agora, será para que se possa colocar a feira de pé:

– Em virtude dessa situação peculiar que estamos vivendo, vamos programar uma feira totalmente diferente das anteriores. Logo vamos passar os anúncios de como serão as adaptações que teremos de fazer em razão da pandemia.

O próximo passo será reunir entidades organizadoras da Expointer ao lado da Secretaria da Agricultura. Será apresentado estudo prévio da Saúde, com algumas recomendações (leia mais no quadro abaixo). Ainda sem data marcada, o encontro deverá ser o primeiro desafio do secretário. A data escolhida e os formatos sugeridos não são consenso.

A Federação Brasileira de Associações de Criadores de Raça (Febrac) entende que é importante realizar a exposição, ainda que menor e diferente.

– Para que as associações de criadores possam realizar seus julgamentos, concluir ciclos e não venham a perder uma geração de animais de genética – diz Leonardo Lamachia, presidente da entidade.

A Federação da Agricultura (Farsul) tem uma avaliação diferente. O presidente Gedeão Pereira acha “muito temerária a realização da exposição em ano de pandemia”:

– Vemos muita dificuldade na execução, em vários aspectos: do ponto de vista do setor de máquinas, do produtor. Quem vai estar? Vamos selecionar público?

Presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos (Simers), Claudio Bier também avalia como complicada a definição de visitantes e aponta outra dificuldade com a nova data.

– O produtor está começando a plantar. Tentarei convencer o pessoal do setor a vir, mas tem chance de ser uma feira pequena – admite o dirigente.

O formato também preocupa a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), que tem no Pavilhão da Agricultura Familiar importante vitrine.

– Não vemos a feira sem público e sem as agroindústrias – diz o presidente da entidade, Carlos Joel da Silva.

Fonte: Zero Hora.

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