Seca próxima: Como o fim do período das águas ocorre todo ano, a estratégia para lidar com isso deve ser planejada antecipadamente pelo produtor. Segundo os dados da Somar, a precipitação acumulada em 2015 até a terceira semana de maio apresentou volume 7,0% menor que o do mesmo período do ano anterior. Por outro lado, os meses de abril/15 e maio/15 juntos se mostraram 9,6% mais chuvosos que em 2014. Independente- mente da intensidade ou da distribuição das chuvas, é certo que não se pode contar somente com sorte para um quesito tão importante para a alimentação dos animais. Sendo assim, fica a critério de cada produtor como solucionar este problema, se ajustando à lotação de acordo com a disponibilidade de forragem ou reservan- do/adquirindo o alimento para suprir as necessidades do rebanho. Seja qual for a estratégia utilizada, o objetivo tem de ser o mesmo: tirar o melhor proveito do bom momento da pecuária de corte do Estado.
O mercado do boi gordo teve uma semana de leve alta nos preços, fechando a R$ 134,64/@ para o boi gordo, com valorização de 0,28%, e R$ 127,15/@ para a vaca gorda, com alta de 0,18%.
. Mais uma semana de alta no preço do bezerro de ano, de 1,22%, fechando em R$ 1.315,91/cabeça.
. Apesar de mais contidos, os preços futuros para out/15 apresentaram alta de 0,40%, fechando em R$ 153,49/@.
. Com a valorização na arroba de Mato Grosso, o diferencial de base SP-MT caiu 1,48 p.p., fechando a semana em 9,21%.
COURO GROSSO: Mato Grosso se destaca como maior produtor em unidades de pele bovina no Brasil. De acordo com a pesquisa trimestral do couro realizada pelo IBGE, foram produzidas 38,48 milhões de unidades em 2014 no país, sendo o Estado de Mato Grosso responsável por 6,44 milhões de unidades, que representa 17,6% de toda a produção nacional no mesmo período. Esse volume produzido foi o segundo maior da série histórica, 6,7% abaixo da maior produção, registrada em 2013 (6,90 mi), também por conta da diminuição no abate de bovinos no Estado que caiu 8,6% no período. Apesar de possuir o maior potencial para a produção de pele bovina, consi- derando o fato de ser detentor do maior rebanho bovino, o couro mato-grossense mais exportado é o tipo com menor valor agregado (Wet-blue). Ou seja, mesmo com tamanho potencial, ainda é necessário um grau de beneficiamento maior para potencializar o valor da produção internamente.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.