Movimentações opostas: O preço deflacionado da carne bovina no varejo e no atacado mostra movimentações opostas na comparação anual. Enquanto a cotação média deflacionada da carne bovina no varejo registrou queda de 5,4%, ficando cotada a R$ 21,30/kg, a carne bovina no atacado registrou alta de 2,9% no preço médio deflacionado, ficando cotada a R$ 10,27/kg. Dos 15 cortes levados em consideração para a mé- dia do varejo, apenas cinco observaram uma elevação no preço, e curiosamente esses cortes são todos considerados de “segunda”, de menor valor, são eles: coxão duro, patinho, acém, costela e lagarto. Tal fato pode justificar o efeito substitutivo que vem ocorrendo nas proteínas animais, já que, com o aumento no desemprego e com os níveis de confiança abalados, a população tem se resguardado, substituindo assim as proteínas bovinas mais caras pela mais baratas, acarretando esse aumento específico em tais cortes.
. Os recorrentes comentários referentes a uma escassa oferta de animais ao longo da semana implicaram uma leve valorização na arroba do boi gordo e da vaca gorda, de 0,75% e 0,64%, respectivamente.
. Ao longo da última semana o preço do bezerro de ano sofreu desvalorização de 3,01%, sendo cotado em média a R$ 1.248,75/cab.
. Para o contrato futuro com vencimento em maio/16, houve novamente valorização, desta vez de 1,18%, fechando a semana em R$ 156,72/@.
. O diferencial de base SP-MT apresentou elevação de 1,30 p.p., fechando a semana em 17,91%.
SUPLEMENTAÇÃO E AQUISIÇÃO: O Imea divulgou o custo de produção da bovinocultura de corte do último tri- mestre de 2015, e percebe-se que tanto os gastos com o sistema de cria quanto os de recria/engorda fecharam o ano maiores do que no início do ano. O Custo Operacional Total (COT) da cria aumentou 1,8% na comparação entre o 4o trimestre e o 1o trimestre de 2015, já o COT da recria/engorda apresentou acréscimo de 3,7% no mesmo período. Tais aumentos são justificados pela elevação nos gastos com suplementação (concentrados) e aquisição de animais. Cabe ressaltar que, apesar de observarem altas nos seus custos, os segmentos da cria e da recria/engorda viram suas receitas caminharem em sentidos opostos, em- quanto a arroba do bezerro de ano valorizou, o boi gordo viu o preço da sua arroba cair levemente durante o ano de 2015. Com isso, 2016 já começa com uma mensagem: foco na gestão!
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).