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MT: pecuaristas de Mato Grosso contra desmatamento ilegal

Pecuaristas do município de Juara/MT lançaram ontem em Cuiabá/MT e em Juara, a campanha de "Desmatamento Ilegal Zero". Os organizadores orientam os produtores a não abrirem novas áreas sem autorização, fazer derrubada de juquira (conhecido como capoeirão, onde começa a regeneração da floresta e que precisa de autorização para ser derrubado), extrair madeira sem manejo florestal e não fazer queimadas. "Juara é a capital do boi legal e vamos mostrar que produzimos de forma sustentável e trabalhamos de forma legal, sem destruir o meio ambiente", avisa o produtor e vice-presidente da Acrivale - Associação dos Criadores do Vale do Arinos, Fernando Conte. Ele acrescenta que "nosso compromisso é de desmatamento ilegal zero, sem tolerância, uma iniciativa que vai garantir o futuro de nossa atividade e a preservação do meio ambiente".

Pecuaristas do município de Juara/MT lançaram ontem em Cuiabá/MT e em Juara, a campanha de “Desmatamento Ilegal Zero”. Os organizadores orientam os produtores a não abrirem novas áreas sem autorização, fazer derrubada de juquira (conhecido como capoeirão, onde começa a regeneração da floresta e que precisa de autorização para ser derrubado), extrair madeira sem manejo florestal e não fazer queimadas. “Juara é a capital do boi legal e vamos mostrar que produzimos de forma sustentável e trabalhamos de forma legal, sem destruir o meio ambiente”, avisa o produtor e vice-presidente da Acrivale – Associação dos Criadores do Vale do Arinos, Fernando Conte. Ele acrescenta que “nosso compromisso é de desmatamento ilegal zero, sem tolerância, uma iniciativa que vai garantir o futuro de nossa atividade e a preservação do meio ambiente”.

A campanha, lançada simultaneamente em Cuiabá e Juara, será desenvolvida numa parceria entre a Acrivale, o Sindicato Rural de Juara e a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat). Além de panfletos e cartazes que serão distribuídos, o pecuarista também irá receber a orientação durante a entrega do comunicado de vacinação contra a aftosa nos postos do Indea (Instituto de Defesa Agropecuária). “Será feita uma campanha corpo-a-corpo com o produtor rural, que já está bem consciente aqui na região do Arinos de não abrir novas áreas sem autorização”, disse o presidente da Acrivale, Sebastião Piovezan. O presidente do Sindicato Rural de Juara, Orivaldo Bezerra, disse que o produtor que não participar da campanha “não vai poder chorar depois pedindo socorro ao sindicato”.

O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, disse que “a associação apoia o exemplo e a iniciativa dos produtores de Juara e esperamos que sejam seguidos por todos os pecuaristas”. Vacari lembra que o pecuarista vem fazendo sua parte no que diz respeito a preservação ambiental e que a abertura de novas áreas tem sido evitada. Segundo levantamento do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) o desmatamento evitado nos últimos 15 anos, por investimentos feitos pelos produtores, foi de 16,8 milhões de hectares em Mato Grosso “e isso mostra que produzimos com responsabilidade”.

O secretário estadual de Meio Ambiente, Alexander Maia, disse que “este é um momento extremamente importante e representativo para Mato Grosso, onde o produtor toma a iniciativa de lançar essa campanha de desmatamento ilegal zero, pois este é também o objetivo de todos nós”. Maia falou que “são iniciativas como esta, dos produtores de Juara, que fizeram com que de 2004 a 2010 Mato Grosso reduzisse em 93% o desmatamento e esperamos que este exemplo seja seguido por todo setor produtivo”.

“Estamos vivendo um momento ímpar, novo, com a essa união de esforços dos produtores, entidades de classe e órgãos públicos”, disse o superintendente do Ibama – MT, Ramiro Martins. Ele pediu aos produtores que “chamem os órgãos fiscalizadores quando encontrarem alguém infringindo a lei, para que ele seja punido e com isso mostramos que os verdadeiros produtores não são bandidos, como muitas vezes são taxados”.

O diretor da Acrimat, Julio Rocha, ressaltou que a Acrimat vem realizando um trabalho intenso junto ao produtor com o objetivo de levar informações que provoquem melhorias e crescimento para o setor produtivo. “Essa campanha será levada aos pecuaristas de todo estado e podem ter certeza que a Acrimat não vai tolerar, nem encobrir, ações isoladas de pessoas que não tem nenhum compromisso com a produção sustentável”, ponderou Rocha.

Mato Grosso tem o maior rebanho bovino do Brasil, com 28,7 milhões de cabeças e Juara é o município com o maior plantel, com quase 1 milhão de animais, produzidos numa área de 680 mil hectares. Juara, que fica a 664 quilômetros de Cuiabá, possuiu uma das terras mais preservadas do Brasil, com 70% de seu território. Segundo dados do Indea, das 3.950 propriedades rurais, 70% possuem até 300 cabeças de gado, 19% das fazendas até mil cabeças, em 9% até 3 mil animais e apenas 2% acima de 3 mil. “As propriedades de pequenos porte já estão com suas áreas consolidadas, sem necessidade de novas aberturas”, explica Fernando Conte.

As informações são da Acrimatl, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Parabéns pela iniciativa. E pela coragem de deixar clara a diferença entre "desmate ilegal zero" e "demate zero". Não podemos impedir os proprietários de solicitarem permissão de desmate de áreas privadas que se enquadrarem na legislação vigente. Do contrário estaríamos impedindo totalmente os proprietários de áreas brutas explorarem seus imóveis, sem ao menos desapropia-los. E inviabilizando investimentos importantes para expansão de nossa produção. Um imóvel em região de cerrado bruto, que é obrigado a  preservar por lei 35% da sua área, pode "abrir" legalmente 65% da sua área. Estes imóveis se encontram  na nossa fronteira agrícola. Já as áreas da amazonia dificilmente se viabilizarão economicamente com permissão de utilizaçaõ de apenas 20%.

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