MT: melhor relação de troca representa oportunidade para produtor

Boas compras: Aproximando-se do período de início do confinamento, os preços dos principais ingredientes da dieta concentrada têm revelado um cenário positivo aos confinadores. O preço médio do milho em mar/15 (cotação até o dia 25/03) foi de R$ 17,93/sc, enquanto o do farelo de soja, R$ 977,00/t, significando desvalorizações de 12,27% e 0,82% em um ano, respectivamente.

Já o preço pago por um boi gordo (17 @) valorizou 21,30% no mesmo período, equivalendo a 132,82 sacas de milho, ou 2,27 toneladas de farelo de soja atualmen- te. Isso mostra que, entre mar/14 e mar/15, o poder de compra do pecuarista de corte teve aumento considerável de 38% para o milho e 22% para o farelo de soja.

Dessa forma, esta melhor relação de troca registrada no período resulta em uma oportunidade para o produtor, que deve buscar a máxima eficiência na alimentação, visando a um bom desempenho e uma boa margem de lucratividade no confinamento.

. Tanto os preços do boi gordo como da vaca gorda seguem firmes, aumentos de 0,20% e 0,02%, respectivamente.

. Devido à alta procura de gado para engorda, o bezerro segue valorizado, sendo cotado esta semana a R$ 1.244,19/cab.

. O mercado futuro fechou a semana com alta, tanto no negócio para mar/15 quanto mai/15, sendo de 0,11% e 0,57%, respectivamente.

. O diferencial de base segue em alta, fechando a semana em 12,07%, com variação semanal de 0,88%.

FATIA MENOR: Neste final de março os consumidores se depararam com a proteína animal levemente mais em conta na região de Cuiabá.

Após um ano de forte valorização da carne bovina no varejo (19,65% em relação a mar/14), o preço de mar/15 diminuiu 1,71%, quebrando a sequência de altas. Apesar de mais tímida, a carne aviária apresentou o mesmo cenário, reduzindo 0,10% em relação a fev/15.

Esta leve desvalorização no preço da carne bovina, junto com o aumento do custo de outros produtos básicos, refletiu na diminuição da participação da carne bovina na cesta básica, que é calculada pelo Imea no varejo cuiabano, e termina o mês representando 35,55% dos R$ 351,87, que é o atual custo da cesta.

Essa “freada” no ritmo de preços é compreensível devido à estagnação do preço da arroba nos últimos meses. Porém, não se espera forte redução de preços no curto prazo, tendo em vista a baixa oferta de animais terminados.

Observações:

8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.

9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.

10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.

11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.

12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.

Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).