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MT: indústria frigorífica começa a sentir os reflexos da seca

Pressão na indústria: Depois de sete meses mais tranquilos para realizar compra, conseguindo alongar bem suas escalas, a indústria frigorífica começa a sentir os reflexos da seca. A média da escala de abate dos frigoríficos atingiu no mês de ago/17 (média até o dia 25/08) o menor valor do ano, chegando a 6,16 dias. Vale ressaltar que no dia 23/08/17 esta atingiu 5,32 dias.

A dificuldade em completar escala tem pressionado as indústrias a oferecerem melhores preços aos produtores, e desta forma o boi gordo à vista tem galgado consecutivas valorizações nas últimas semanas, voltando ao patamar dos R$ 123,00/@, fato que não acontecia desde o dia 25/05/17.

Como a seca não deve dar trégua até o início de outubro e as entregas do segundo giro do confinamento se concentram após o mês de setembro, uma lacuna de oferta se abre no mês de setembro e tal fato pode indicar mais poder de barganha para o pecuarista negociar melhores preços.

• Os preços do boi e da vaca continuam exibindo valorização, e nesta semana, o maior aumento deste ano, registrando alta de 2,60% na arroba do macho, cotado a R$ 122,04 e 2,30% na fêmea, cotada a R$ 115,22.

• Com uma significativa redução na oferta de animais, os frigoríficos sentiram certa dificuldade na compra, reduzindo assim a escala de abate para 5,67 dias.

• O diferencial de base MT–SP continuou em queda nesta semana, em decorrência dos preços se valorizando mais em São Paulo, fechando com -0,84p.p. em relação à semana passada.

• Com a valorização dos cortes com osso no atacado, os equivalentes continuam em alta, com maior aumento no equivalente físico, 1,34% a mais se comparado ao da semana passada, finalizando com média de R$ 119,98/@.

A RETOMADA: Depois de uma grande “tempestade” na arroba do boi nos últimos meses, o mercado futuro indica uma melhora. Como vislumbra-se no gráfico ao lado, a expectativa é de valorização após jul/17, uma vez que o referido mês registrou o menor valor cotado em 2017 (até agora), R$ 115,54/@.

Para os próximos seis meses, a BM&F/Bovespa demonstra uma reação nas cotações do boi gordo. E isto já pode ser percebido no mercado físico, visto que os preços disponíveis em meados de agosto já “cumprem” com essa expectativa, chegando a ser cotado a R$ 123,02/@ no dia 25/08/17, valor 6,47% maior que a média de jul/17.

Apesar da melhora, ainda não se pode chamar de “recuperação plena”, dado que esta perspe- ctiva aponta preços em média 4,36% menores dos cotados no mesmo período de 2016. Além disso, vale ressaltar que o mercado futuro é muito volátil, e caso queira “garantir” tais preços, o pecuarista deve atuar nele.

Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.

Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

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