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MT: Famato quer status livre de aftosa sem vacinação

Mato Grosso detêm um rebanho bovino de mais de 27 milhões de cabeças. Um dos resultados do trabalho realizado na vigilância sanitária do rebanho, desenvolvido em parceria com o setor produtivo é o fato do Estado estar há mais de 14 anos sem registros do vírus de aftosa, o que levou a Famato a solicitar ao Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), o status de estado livre da Aftosa sem vacinação. Apesar do anseio da Famato, outras liderança acreditam que no momento está mudança seria precipitada e poderia trazer riscos a atividade.

Mato Grosso detêm um rebanho bovino de mais de 27 milhões de cabeças. A sanidade dos animais depende da atuação do pecuarista e da vigilância dos órgão competentes, no caso o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea). Um dos resultados deste trabalho, desenvolvido em parceria com o setor produtivo é o fato do Estado estar há mais de 14 anos sem registros do vírus de aftosa, o que levou a Famato a solicitar ao Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), o status de estado livre da Aftosa sem vacinação. A documentação necessária para a oficialização do pedido junto ao Mapa, está sendo preparada pela Federação.

Ao participar nesta terça-feira (18), da posse do novo presidente do Indea, Valney Corrrea, juntamente com 12 gerentes regionais, representantes do setor produtivo matogrossense, destacaram a relevância dos trabalhos desenvolvidos pelo órgão. “O trabalho feito pelo Indea é de suma importância para o desenvolvimento da agropecuária do estado, principalmente no que se refere à sanidade animal”, disse através da assessoria Eduardo Alves, diretor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso.

“A exemplo de Santa Catarina, que já conseguiu, e do Paraná, que já pediu, nós também nos colocamos na posição de pedir, uma vez que já estamos há 14 anos sem febre aftosa no Estado”, afirma Rui Prado, presidente da Famato.

A opinião não é compartilhada pela APR (Associação dos Proprietários Rurais de Mato Grosso), que enxerga riscos no fim da vacinação do rebanho. Para a entidade, Mato Grosso não tem estrutura para fiscalizar adequadamente a fronteira com a Bolívia e as divisas com Rondônia, Amazonas e Pará. “Essa discussão é prematura, pois Mato Grosso ainda é um Estado muito vulnerável. Qualquer descuido pode jogar por terra todo o trabalho que tivemos ao longos desses anos”, afirma Paulo Resende, diretor-executivo da entidade.

Segundo ele, a situação de Santa Catarina é “muito diferente”. “Ali você tem apenas um grande corredor de entrada e saída para fiscalizar. É muito mais viável do que fechar mil quilômetros de fronteiras de alto risco sanitário.”

Para a Acrimat (Associação dos Criadores de Mato Grosso), o Estado está no “caminho certo” para seu reconhecimento, sem necessidade de pressão por parte das entidades. “O fato de se pedir ou não o status não faz diferença. Esse reconhecimento virá para Mato Grosso de qualquer maneira, mas apenas com respaldo técnico, de análises laboratoriais e de histórico de ocorrências”, diz o diretor Luciano Vacari.

Valney Corrêa, presidente do Instituto de Defesa Agropecuária, órgão ligado à Secretaria de Estado de Agricultura, afirma que o Estado conseguiria assumir as exigências do novo status “em curto prazo”.

O governo de Mato Grosso do Sul também já manifestou que está percorrendo os caminhos em busca do status de área livre sem vacinação. Recentemente, porém, a secretária de Produção, Tereza Cristina Corrêa da Costa, não informou prazo para retirada da ZAV (Zona de Alta Vigilância) na fronteira com o Paraguai. Ela explicou que algumas ações serão reduzidas, paulatinamente.

As informações são da Folha de S.Paulo, Só Noticias e Campo Grande News, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Este é um tema simultaneamente técnico e político. E bastante polêmico. Na área de defesa animal o que se faz sempre é administrar riscos. E não tenho a menor competência para avaliar os riscos e benefícios de um pleito como este da Famato, mas entendo perfeitamente que os riscos de Santa Catarina e Paraná não são os mesmos do MT. Intuitivamente me parece que deveríamos focar esforços na conquista do status de pais livre de aftosa com vacinação, que pela primeira vez esta ao alcançe.

    Att,

  2. Jogi Humberto Oshiai disse:

    Prezados Senhores,

    Com referência ao artigo acima mencionado e meu e-mail de hoje transmitido as entidades do MT e representantes dos produtores e exportadores, permito-me ainda adicionar o seguinte comentário que acredito ser de interesse do INDEA, FAMATO e do Governo do Estado do MT, assim como do setor produtor e exportador: não existe solicitação do Governo do Estado do Mato Grosso junto ao MAPA sobre intenção de suspensão da vacinação contra febre aftosa no Estado. Desta forma, embora esteja previsto na evolução natural da execução do PNEFA a suspensão da vacinação para obtenção do reconhecimento de livre de febre aftosa sem vacinação, tenho a certeza absoluta de que na atual administração do SDA/MAPA, profissional e séria, esta medida só será considerada após muito estudo oficial por parte das autoridades competentes da referida Secretaria e apresentação de garantias adicionais do Estado do MT para atingir o nível sanitário desejado, vantajoso, oportuno, necessário, sustentável, seguro e, sobretudo, responsável.

    Vale assinalar que o meu sucinto comentário é simplesmente técnico, com experiência de mais de dois decênios no setor de agronegócios junto à UE, e não tem o objetivo de abrir neste espaço nenhuma polêmica sobre o assunto que deve ser encaminhado da mesma forma que foi realizado o processo de habilitação do MT para o mercado comunitário que contou com a participação do governo estadual, federal e do setor privado.

    Cordialmente,

    Jogi Humberto Oshiai
    Director for Latin America Trade to the European Union
    O´Connor and Company
    European Lawyers
    Rue de Spa 30
    B-1000 Brussels

    SKYPE: jogioshiai
    E-mail: j.oshiai@oconnor.be
    Mobile Belgium: + 32 (0) 475 – 604782
    Mobile Netherlands: + 31 (0) 6 – 23971002

  3. Roberto Andrade Grecellé disse:

    Calma MT!!! cuidado para não pular etapas.
    Prudente esta sendo o Sr. Luciano Vacari (ACRIMAT), que aponta que o reconhecimento virá automaticamente por consequência do trabalho por lá realizado.
    Este tipo de atitude não pode ser tomada apenas pela emoção. Hoje, é precoce esse tipo de decisão para um estado com gigantescas áreas de fronteiras que nem o MT.
    Sigam trabalhando, evoluam e conquistem naturalmente o lugar de voces.
    Não pulem etapas, esse é o meu recado.

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