Manutenção da Margem: Desde o início de 2016, o preço da arroba do boi gordo no Estado tem observado conseguintes valorizações, e atualmente está 2,46% maior que o preço do primeiro dia do ano. A movimen- tação para cima do preço tem nutrido as esperanças do pecuarista de que o preço tende a melhorar e voltar aos patamares de julho/15, quando chegou a atingir o maior valor nominal da história. No entanto, cabe salientar que, apesar de ter atingido patamares recordes ao final de janeiro/16, o ECD (Equivalente couro + cortes desossados + coprodutos) das indústrias frigoríficas mato-grossenses vem reduzindo desde então, elevando a pressão sobre a margem bruta destas. Por isso, “segurar” os negócios à espera de preços mais elevados pode se mostrar uma estratégia arriscada para os pecuaristas do Estado, devendo estes ficarem atentos às boas oportunidades de negócios que surgirem no mercado.
– A escassa oferta de animais ao longo da última semana influenciou nos leves aumentos na arroba, tanto do boi gordo quanto da vaca gorda, valorizações de 0,34% e 0,87%, respectivamente.
– O preço do bezerro de ano no Estado durante a última semana valorizou 0,80%, sendo cotado em média de R$ 1.258,75/cab.
– Para o contrato futuro com vencimento em maio/16, houve desta vez desvalorização, de 0,10%, fechando a semana em R$ 156,57/@.
– O diferencial de base SP-MT apresentou novamente elevação, desta vez de 0,55 p.p., fechando a semana em 18,46%.
TRAVAR O PREÇO: Na semana passada, a arroba do boi gordo na BM&F atingiu o maior valor nominal da história. A redução na escala de abate dos frigoríficos, aliada à baixa disponibilidade de animais, tem sustentado os valores da arroba no mercado físico, e consequentemente impulsionado os preços no mercado futuro, que registrou o valor de R$ 164,9/@ no dia 17/02/2016, com o vencimento para outubro/16. Com as altas nos custos de produção e queda no consumo de carne bovina no mercado interno, a venda prefixada é uma boa opção para o pecuarista proteger sua rentabilidade. Tal movimentação nos preços futuros é bem parecida com a que ocorreu nos primeiros meses de 2015, e cabe a ressalva de que no ano passado, o preço na BM&F despencou após junho/15. Sendo assim, mesmo com a arroba em alta no físico, são imprescindíveis boas estratégias de comercialização, como forma de garantir o sucesso econômico da atividade.
Observações:
8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.
9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.
10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.
11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.
12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.
Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária.