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MT: aumento da escala de abate pressiona preço do boi gordo

Houve um incremento na escala de abate, que passou de 7 a 8,5 dias na primeira quinzena de julho. Com isso, o preço médio da arroba do boi gordo, que era cotado por pouco mais de R$ 83 no final de junho, recuou para perto de R$ 81,5 na sexta-feira, obtendo uma queda de mais de R$ 1,5/@ em 15 dias.

Oferta e demanda

Com base na análise da média móvel dos últimos cinco dias da escala de abate e do preço da arroba do boi gordo em Mato Grosso, verificou-se que o aumento da oferta de gado aos frigoríficos tem pressionado para baixo os preços no Estado. Houve um incremento na escala de abate, que passou de 7 a 8,5 dias na primeira quinzena de julho. Com isso, o preço médio da arroba do boi gordo, que era cotado por pouco mais de R$ 83 no final de junho, recuou para perto de R$ 81,5 na sexta-feira, obtendo uma queda de mais de R$ 1,5/@ em 15 dias.

Além da maior oferta, que possibilitou o aumento das escalas, muitos compradores “saíram” do mercado alegando dificuldade na venda da carne, contribuindo para o aumento da pressão de baixa no preço pago pela arroba.

Preços da semana

Nesta semana a arroba do boi e da vaca gorda no Estado registrou de queda de 0,81% e 1,04%, respectivamente. Com o boi gordo encerrando cotado a R$ 81,69/@ e a vaca a R$ 72,99/@ à vista. A desvalorização absoluta foi de R$ 0,66/@ no preço do boi e de R$ 0,77/@ para a vaca.

Noroeste: nesta macrorregião a arroba do boi gordo à vista terminou a semana com queda de 2,27%, obtendo média semanal de R$ 80,58/@ à vista.

Norte: nesta parte do Estado houve queda de R$ 1,87/@, desvalorização de 0,55% com relação à semana passada. O preço médio agora está em R$ 81,89/@ à vista.

Nordeste: no nordeste a arroba se desvalorizou em 0,90%, com o preço à vista ficando em R$ 79,71/@. A desvalorização absoluta com relação à semana anterior é de R$ 0,72/@.

Médio-Norte: nesta porção do Estado a arroba seguiu cotada a R$ 81,18 à vista. Em comparação com a semana passada a arroba apresentou queda de 1,62%.

Oeste: a média no Oeste do Estado ficou em R$ 82,80/@ à vista, desvalorização de 0,22% com relação à semana anterior. Houve registro de negociação na cidade de Araputanga, com a arroba comercializada à R$ 82,00 à vista, no último dia 11 de Julho.

Centro-Sul: a média semanal desta macrorregião seguiu cotada a R$ 83,17/@ à vista, desvalorizando-se em 0,28% em comparação com a semana anterior. Na cidade de Tangará da Serra houve registro de comercialização com a arroba do boi gordo a R$ 83,00 à vista de último dia 10.

Sudeste: nesta porção do Estado houve uma variação negativa de 0,66% no preço praticado da arroba do boi, que terminou a semana cotada a R$ 82,25. Na última sexta-feira, dia 13, informaram-se negócios na cidade de Rondonópolis com a arroba a R$ 82,00 à vista.

Reposição

Apesar da forte pressão de baixa enfrentada pela arroba da vaca gorda em Mato Grosso, o preço da vaca magra vem se comportando de maneira mais firme. Na análise da variação desde novembro do ano passado, quando o preço pago pela vaca gorda atingiu seu pico, esta acumulou uma queda de 12,6%, enquanto que, a vaca magra registrou apenas uma ligeira queda de 0,9%, atualmente cotadas a R$ 73,38/@ e R$ 829,27/cabeça.

Esse aumento da diferença entre os dois preços pode ser, em parte, explicado pela pressão causada pela necessidade de alívio das pastagens que forçou uma maior entrega de fêmeas para o abate neste ano, derrubando assim o preço da vaca gorda, enquanto que, o preço pago pela vaca magra, amparada pelo preço do bezerro seguiu de maneira relativamente firme.

Relação de troca

Como resultado do movimento de queda no preço pago pela arroba do boi gordo, a relação de troca entre ela e a tonelada do calcário dolomítico nos últimos meses trabalhou em patamares superiores aos registrados na metade do ano de 2010, quando os baixos preços da arroba desfavoreciam a troca. O aumento da relação de troca vem sendo observado desde novembro de 2010 e se intensificou a partir de novembro do ano passado, quando os movimentos dos dois preços se tornaram mais distintos.

Desde o penúltimo mês de do ano passado, quando a relação de troca estava em 0,89 @/tonelada, até junho deste ano o calcário acumulou valorização de 19,5%, enquanto que a arroba acumulou queda de 8,5%, cotadas a R$ 98 e R$ 84,48, respectivamente, chegando a relação de 1,16 @/tonelada, obtendo alta de 30,6% no período.

Fonte: IMEA, adaptada pela Equipe BeefPoint.

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