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MT: abates aumentaram em janeiro

Depois de dois anos com índices praticamente estagnados no mês de janeiro, os abates em Mato Grosso reagiram e encerraram o primeiro mês de 2011 com a melhor performance desde 2009. De acordo com levantamento do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea/MT), o volume de abates chegou a 382 mil cabeças. Já as exportações mato-grossenses encerraram janeiro com uma receita de US$ 49,01 milhões.

Depois de dois anos com índices praticamente estagnados no mês de janeiro, os abates em Mato Grosso reagiram e encerraram o primeiro mês de 2011 com a melhor performance desde 2009. De acordo com levantamento do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea/MT), o volume de abates chegou a 382 mil cabeças. Já as exportações mato-grossenses encerraram janeiro com uma receita de US$ 49,01 milhões.

Na avaliação do Instituto Mato-grossense de Pesquisa Agropecuária (Imea), o bom resultado alcançado em janeiro se deve principalmente ao elevado índice de abate de fêmeas, num total de 159 mil cabeças, crescimento de 24% em relação ao mesmo período de 2010 e 9% na comparação com janeiro de 2009.

Segundo o presidente da Associação dos Criadores do Estado (Acrimat), José João Bernardes, é normal o abate maior de fêmeas neste período do ano. “Como a fêmea não é confinada, ela engorda no final do ano e logo vai para o abate. A nossa recomendação é para que o produtor descarte as fêmeas não produtivas, aproveitando o momento em que o preço está bom”.

O abate maior de fêmeas no mês de janeiro, contudo, não serve de referência para o mercado no ano. “Ao longo do ano é que vamos saber se isso de fato é uma tendência e se está havendo um descarte maior de fêmeas ou não. De qualquer maneira, a informação é positiva. Se o fazendeiro começou a vender mais fêmeas é porque ele está avaliando a sua condição”.

Segundo analistas, a alta registrada no abate de fêmeas pode ser explicada pelo aumento de “vacas vazias” neste período do ano, fato decorrente da estiagem prolongada que atingiu o Estado no terceiro trimestre do ano passado.

“Não devemos esquecer também da variação do preço, pois enquanto se vendia uma vaca a R$ 62,41/arroba no primeiro mês de 2010, no mês passado se vendeu a mesma vaca por R$ 83,03/arroba, incremento de 33%”, afirma o Imea.

No ano passado os abates mato-grossenses atingiram 4,33 milhões de cabeças, sendo 65,29% de machos e, 34,71%, fêmeas. Quando se analisa apenas os dados relacionados ao abate de machos, nota-se que em janeiro de 2011 o embarque destes animais registrou alta de 43,87% em relação a outubro de 2010, mês em que iniciou a elevação no número de abates. Já em relação às fêmeas, no mesmo período verificou-se um aumento mais significativo (81,72%).

No mês, o abate total foi de 382 mil cabeças, o que representa uma variação positiva de aproximadamente 1,23% em relação ao mesmo período do ano anterior, que tinha um total de 378 mil cabeças abatidas. Desde janeiro do ano passado a arroba do boi gordo vem apresentando uma contínua valorização, mostrando um cenário favorável, fato que estimula os investimentos na produção.

A semana passada encerrou com o preço médio do boi gordo sendo cotado a R$ 92,01/arroba, com uma variação de R$ 1,17/arroba, em relação à semana anterior. A vaca gorda registrou uma leve queda de 1,58% e concluiu a semana com uma precificação de R$ 81,97/arroba, com variação de R$ 1,31/@ em relação à semana anterior.

A matéria é de Marcondes Maciel, publicada no Diário de Cuiabá, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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