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17 de abril de 2013
Atacado – 17-04-2013
17 de abril de 2013

MT: 1T13 registrou a maior escala de abate da série histórica

O Estado de Mato Grosso está com uma escala de 8,78 dias, que equivale a 2,32 dias a mais que a escala registrada no primeiro trimestre do ano passado e 3,09 a mais que o registrado em 2011.

Oferta e demanda

O primeiro trimestre de 2013 registrou a maior escala de abate da série histórica do Instituto. Atualmente o Estado de Mato Grosso está com uma escala de 8,78 dias, que equivale a 2,32 dias a mais que a escala registrada no primeiro trimestre do ano passado e 3,09 a mais que o registrado em 2011. É importante ressaltar que a estratégia de comercialização utilizada por alguns frigoríficos no Estado faz com que a escala de abate fique maior, encontrando-se escalas superiores a média. Pelo lado da demanda interna não houve grandes alterações, porém, quando se analisa a demanda externa pela carne mato-grossense, esta sim teve um aumento substancial. Mato Grosso exportou 14,39 mil toneladas a mais no primeiro trimestre de 2013 (1T13) quando comparado ao primeiro trimestre de 2012 (1T12). Portanto, em um cenário com oferta de boi, de certo modo, restrita, e uma demanda externa elevada, o preço da arroba do boi gordo conseguiu sustentação em um patamar elevado para o período de safra.

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Preços da semana

A média semanal da arroba do boi gordo foi de R$ 87,30, uma alta de 0,23% perante a semana passada. Cenário semelhante ao do macho foi verificado para a arroba da fêmea à vista, cotada atualmente a R$ 79,26, uma elevação de 0,88% na comparação com a semana anterior.

Noroeste: O boi gordo aumentou R$ 0,40/@ na macrorregião nordeste de Mato Grosso, partindo de uma média semanal de R$ 85,84/@ para os atuais R$ 86,30/@.

Norte: Comparada à semana passada, a arroba do boi gordo à vista obteve uma alta de 0,17%, saindo de R$ 85,34 na semana anterior para R$ 85,48 na semana atual.

Nordeste: No comparativo com a semana anterior, a arroba do boi gordo à vista obteve uma redução de 0,39% no preço, abandonando o patamar de R$ 85,85 para R$ 85,51.

Médio-Norte: O boi gordo variou negativamente 0,52%, atingindo nesta semana o preço de R$ 85,72/@. Em valor absoluto, a macrorregião apresentou a maior queda, R$ 0,45/@.

Oeste: A média semanal da região oeste de Mato Grosso foi de R$ 88,69/@, apresentando valorização de 0,46% quando comparada com a da semana anterior. Entretanto, foram observados preços acima da referência regional, como em Araputanga, município que registrou negócios a R$ 89,00/@ na sexta-feira.

Centro-Sul: Nesta semana a arroba do boi gordo foi cotada, em média, a R$ 89,48 na região centro-sul do Estado, uma valorização de 0,24%, frente à média semanal anterior. Na sexta-feira houve negócios a R$ 89,13/@ em Arenápolis.

Sudeste: A região sudeste apresentou o segundo maior preço da arroba do boi gordo em Mato Grosso, R$ 89,25. Entretanto, em alguns municípios do Estado houve negócios abaixo da referência da região, como em Alto Taquari, onde o preço foi cotado a R$ 89,17/@.

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Reposição

A chegada da safra do boi gordo traz consigo o planejamento da entressafra, o olhar para os preços do segundo semestre. Hoje, em Mato Grosso, vive-se um período de elevação nos preços do boi gordo e o maior custo dos confinamentos, o boi magro segue sua tendência natural, ou seja, acompanhar o boi gordo. Comparando-se o início da temporada atual de confinamentos com o início da temporada anterior, os preços do boi magro valorizaram 2,84%, hoje são R$ 1.080,00/cab ante um preço de R$ 1.050,18/cab em abril/12. No entanto, o fato de o boi ter uma valorização maior e os indicadores para a “comida” do animal no cocho apontarem para baixo acabam por favorecer a engorda desse animal no cocho.

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Relação de troca

Comprar milho no município de Nova Mutum está melhor para o confinador da região. Para se ter uma ideia, a tonelada do cereal no mês de março custava R$ 312,58, em abril as cotações do milho disponível estão em R$ 292,50/t, ou seja, 6,42% de desvalorização. Na contramão, a arroba do boi gordo apresenta uma valorização de 1,46% na comparação de abril com março e 2,25% na comparação com janeiro. Deste modo, atualmente, o pecuarista da região precisa de 3,38 arrobas para comprar uma tonelada de milho, melhor que as 3,67 arrobas necessárias em março e bem melhor que o necessário há um ano. O sentimento de euforia por preços elevados do boi no mercado físico, tendência de queda no milho e uma arroba no mercado futuro, em São Paulo, ao redor de R$ 101,00, devem ser olhados com cautela pelo confinador.

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Fonte: IMEA, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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